A FESAÚDE participou da reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) que debateu a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina (PL 2294/2024), tema essencial para a qualidade da saúde no país. O encontro, que aconteceu em Brasília (DF), destacou a necessidade de controle de qualidade na formação e prática médica no Brasil, discutindo o aumento no número de faculdades de medicina e de graduados, além dos impactos na segurança do paciente.
O debate reuniu diversas entidades do setor da saúde para analisar o cenário atual, incluindo o diretor Técnico-Científico da FESAÚDE, Dr. José Antonio Maluf de Carvalho, e o diretor científico da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. José Eduardo Lotaif Dolci, A FESAÚDE reforçou a urgência de critérios mais rigorosos na validação da formação médica. Clique aqui e assista à íntegra do encontro.
A proliferação de escolas médicas, majoritariamente privadas, desde 2014, foi um dos pontos de discussão. Esse crescimento resultou em um aumento significativo de novos médicos, superando a disponibilidade de vagas de residência. A qualidade da formação desses profissionais foi questionada durante a reunião, com menções a deficiências em procedimentos básicos. Para o médico José Antônio Maluf de Carvalho, que é também coordenador de certificação do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CEBEXs) em Governança Clínica e Assistencial, “a faculdade de medicina precisa ensinar os estudantes a prática do hospital”.
A discussão em torno do tema da qualidade da formação médica foi central, com a apresentação de dados sobre o crescimento das escolas e a preocupação com a preparação dos egressos. A proposta de um exame de proficiência nacional para médicos, similar ao da OAB para advogados, ainda deve suscitar novos debates até entrar em vigor.
