Equipe médica que atende o ex-presidente diz que câncer na laringe dele diminuiu 75%; radioterapia será nova etapa do tratamento e vai até março
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu acima do esperado aos dois ciclos de quimioterapia e não precisará ser submetido a uma cirurgia, hipótese que não era inicialmente descartada pelos médicos. A informação é de membros da equipe que trata do petista e foi transmitida em coletiva de imprensa realizada ontem, no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
A bateria de exames a que o ex-presidente foi submetido ontem à tarde para avaliar a eficácia do tratamento mostrou que o tumor diagnosticado em outubro, na laringe do petista, sofreu uma redução de 75% em relação ao seu tamanho inicial, de 2,5 centímetros de diâmetro.
A regressão, segundo o oncologista Artur Katz, excedeu a expectativa da equipe médica. “O tratamento atingiu todos os objetivos que podíamos imaginar, e teve bastante sucesso”, afirmou o oncologista Paulo Hoff. O cirurgião de cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski disse que a cirurgia está “descartada”.
Exames – O ex-presidente foi submetido a uma tomografia, uma ressonância e uma laringoscopia, além de um PET-Scan para avaliar os efeitos dos ciclos de quimioterapia. Kalil Filho, médico pessoal de Lula, informou que durante a manhã o ex-presidente estava bastante apreensivo. “E o resultado foi um alívio tanto para ele como para a equipe médica.” O terceiro e o último ciclo de quimioterapia a que o ex-presidente será submetido teve início ontem mesmo. A expectativa é que Lula deixe o hospital hoje.
Após a série de exames, a equipe médica decidiu manter o cronograma inicial de tratamento contra o câncer. As sessões de radioterapia, definidas pela equipe médica como a parte curativa do tratamento, terão início em janeiro. O fim do tratamento está programado para fevereiro.
O oncologista Paulo Hoff informou que a recuperação de um câncer na laringe varia de paciente para paciente mas a previsão é de que o ex-presidente retorne as suas atividades políticas em março de 2012.
Fonte: O Estado de S. Paulo