Grupo de Clínicas do SindHosp discute o pós-pandemia

Evento online com Roberto Gonzalez trouxe perspectivas para o setor após a crise

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Novas perspectivas de negócios e grandes desafios esperam as clínicas no pós-pandemia. Será preciso estar aberto a inovações e necessidades do público, que mudam o tempo todo. Esses foram alguns dos tópicos apresentados por Roberto S. Gonzalez, sócio-diretor da iBluezone Governança Corporativa & Soluções Associadas e da Bússola Governança, Consultoria & Treinamento, na reunião "Perspectivas para o setor de Saúde pós-pandemia", do Grupo de Clínicas do SindHosp, com participantes de estabelecimentos de Campinas e do ABC Paulista, realizada via Zoom no dia 29 de julho de 2020.

Durante o evento online, o consultor traçou um panorama lembrando quais eram as perspectivas para 2020 antes da pandemia e o novo cenário que se apresentou quando vírus se espalhou pelo mundo todo. "A telemedicina já é uma realidade e foi acelerada pelo necessidade do isolamento social. Mesmo após a pandemia continuaremos a discutir e testar novas formas de usar a tecnologia, além de experimentar as formas mais justas e eficientes para remunerar os prestadores", destacou. Segundo ele, a telemedicina, assim como teleconsultas e todas as formas de atendimento remoto vieram para ficar e as clínicas terão que se preparar para trabalhar daqui em diante usando esses recursos. "Tudo o que é novo gera resistência no ser humano, é normal, mas sempre nos adaptamos, ainda mais quando passamos a ver as vantagens e todas as facilidades que uma novidade acarreta", destacou. 

O consultor Roberto S. Gonzalez 

Muitas experiências vividas durante toda a crise do coronavírus podem se tornar tendências na área da saúde, segundo Gonzalez. Exemplo: a cultura de procurar o Pronto Socorro pode ser alterada para a ida a clínicas; relevância da multidisciplinaridade vai crescer, pois na pandemia ficou evidente que profissionais como fisioterapeutas são essenciais para a recuperação dos pacientes; biossegurança em evidência, chamando atenção do público, que vai exigir cada vez mais cuidados e assepsia no ambiente hospitalar e melhora da jornada do paciente, entre outros. "São muitas mudanças e muitos desafios, mas o certo é que as clínicas terão que atuar cada vez mais unidas para pleitear melhorias no setor, negociar com operadoras e governos. Assim, o caminho para enfrentar esses desafios vem por meio de entidades de classe e associações", destacou ele. 

Para Gonzalez, que estuda o setor da saúde há alguns anos e já em 2006 projetava as consequências de uma pandemia mundial para o sistema de saúde no artigo "As Empresas estão Preparadas para uma possível Pandemia?", publicada na Revista RI – Relações com Investidores, os gestores e líderes devem sempre manter-se atualizados e não perder a motivação de aprender com a experiência atual para seguir adiante.  

Durante o evento, ele apresentou um lista de livros que todo líder precisa ler para superar crises. (LISTA AQUI).  "Como dizia Federico Garcia Lorca, 'o mais terrível dos sentimentos é o sentimento de ter a esperança perdida'. Por isso, é importante pensar no novo cenário e avançar. Não basta ser um excelente médico, abrir a clínica, atender e fechar a clínica todos os dias. O trabalho é contínuo de acompanhar as inovações que nunca param", afirmou.   

Por Eleni Trindade 

 

Imagens: Pixabay e captura de tela. 

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