Em 25 de abril, médicos protestam contra abusos praticados pelas operadoras

Em 12 estados, os médicos que atendem planos de saúde suspenderão a realização de consultas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas, nesta quarta-feira (25).

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Haverá suspensão dos atendimentos eletivos por 24 horas em 12 Estados, no mesmo dia que dezenas de atos públicos e coletivas alertarão a sociedade para o problema que afeta o setor

Em 12 estados, os médicos que atendem planos de saúde suspenderão a realização de consultas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas, nesta quarta-feira (25). Nas outras unidades da Federação, estão previstos uma série de atos públicos (assembleias, reuniões, audiências, caminhadas cívicas, coletivas, etc.) como forma de chamar a atenção de da sociedade para os problemas que afetam a saúde suplementar no país.

A suspensão do atendimento médico eletivo pelos planos de saúde acontecerá nos seguintes estados: Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe. Em nove deles, o protesto tem duração prevista de 24 horas. Na Paraíba, a ação dos médicos ocorrerá apenas no período da manhã de quarta-feira, durante cerca de seis horas. Em Santa Catarina, os médicos dão continuidade a movimento iniciado em janeiro. No Piauí, a paralisação deve durar 72 horas.

As lideranças do movimento asseguram que o atendimento dos casos de urgência e emergência não será afetado. As consultas e procedimentos que forem cancelados serão agendados oportunamente. A categoria não pretende prejudicar o paciente, mas, com sua mobilização, contribuir para a melhora da assistência em saúde pelas operadoras. Como parte dessa estratégia, em vários estados, os médicos farão panfletagem ou ações nos consultórios para esclarecer a população sobre as causas do protesto e sua importância para todos.

O formato da mobilização foi acertado em assembleias e reuniões locais, em cada Estado, com base em suas peculiaridades. Contudo, independentemente da forma escolhida, os líderes do movimento asseguram que os pacientes não deverão ser prejudicados. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos e os médicos estão sendo orientados a comunicar sua programação para o dia 25 de abril com antecedência.

Neste cenário, os médicos demonstram publicamente sua insatisfação com o comportamento antiético das empresas que atuam no setor. Há um número significativo de planos que se recusam a negociar com os médicos a reposição das perdas acumuladas nos honorários pagos e o fim de sua interferência na relação entre o profissional e seu paciente, o que tem resultado em glosas e não autorização de procedimentos prescritos e/ou solicitados.

Fonte: CFM

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