Segundo a Vigilância Sanitária, nome do produto Max Burn, da empresa Hilê, induz o consumidor a erro ao ligá-lo à perda de peso
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu ontem a produção e a venda do suplemento alimentar Max Burn, fabricado pela empresa Hilê Indústria de Alimentos.
Denúncias recebidas pela agência ligaram o Max Burn – divulgado na internet como potente emagrecedor – ao produto “psyllium e quitosana com biotina sabor menta em cápsula”, registrado pela indústria Hilê.
A empresa tem autorização na Anvisa para comercializar essa substância sob nomes como “Nutralogistic”, “Mega 21” e “Sete Semanas”.
O problema, afirma a Anvisa, é que foram negados pedidos da Hilê para que o produto fosse vendido com nomes que podem induzir o consumidor a pensar que o alimento faz emagrecer.
Entre as marcas cujo uso é negado à empresa estão MaxBurn, Fatburn, Ultraslim e Dieta Show, informou a Vigilância Sanitária.
“Pode-se considerar que o alimento em questão está devidamente registrado na Anvisa. Entretanto, deve-se considerar que a empresa incorre em irregularidade por divulgá-lo com marca não autorizada por esta agência, o que pode gerar erro ou engano ao consumidor”, diz nota da Anvisa.
Em rápida busca na internet, a reportagem encontrou um site de publicidade do Max Burn, que diz: “Uma solução eficaz para muitas mulheres (e homens!) que buscam entrar em forma e afastar de vez as indesejadas gordurinhas. Combinando intensa queima de calorias e um efetivo bloqueio de carboidratos, Max Burn definitivamente é uma das grandes novidades para o verão 2012.”
O site apresenta o número de registro de inscrição da Hilê junto à Anvisa.
Segundo a agência, a Hilê fica sujeita a sanções por infração sanitária, como advertência e multa, se descumprir a determinação.
Empresa diz que nome é usado indevidamente
A Hilê afirmou em nota que qualquer produto denominado MaxBurn vendido hoje não é de sua responsabilidade.
A empresa já comercializou o alimento com esse nome, mas não o faz mais desde que recebeu uma notificação da Anvisa.
A companhia depois mudou o nome do produto para Fitns, mas também já retirou o alimento do mercado, no ano passado.
A Hilê diz que o MaxBurn é vendido por empresas que se apropriaram indevidamente do nome, do registro e até do rótulo do produto, e já pediu que a venda seja suspensa.
Fonte: Folha de S. Paulo