Tuberculose mata 29 pessoas na região

Na região de Presidente Prudente, 29 pessoas morreram de tuberculose nos anos de 2009 e 2010. O dado foi divulgado pelo Painel de Indicadores de Saúde da Fundação Seade (Sistema Est

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Na região de Presidente Prudente, 29 pessoas morreram de tuberculose nos anos de 2009 e 2010. O dado foi divulgado pelo Painel de Indicadores de Saúde da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). No Estado, foram 1.747 óbitos no período. Apenas no ano de 2009, 885 morreram vítimas da doença e, em 2010, 862.

A Divisão Regional de Saúde de Presidente Prudente (DRS-11), representada por 45 municípios do interior paulista, somou 15 óbitos em 2009 e 14 em 2010.

As cidades que apresentaram maior número de mortes pela doença nos dois anos foram: Presidente Prudente, com 12 óbitos e Dracena com quatro. Rancharia e Tupi Paulista, tiveram duas mortes.

O médico pneumologista, João Cláudio da Paixão, aponta que ainda existem vários casos de tuberculose em nossa região, e que a saúde pública ainda não tem um controle epidemiológico sobre a doença. “O grande problema está na forma de imunização, já que a vacina BCG [Bacilo de Calmette e Guérin] não protege 100% as pessoas contra a tuberculose”, explica. E acrescenta: “Ela apenas diminui as chances do paciente vir a ter uma doença em grau mais elevado, ou seja, ela passa a ser mais leve. Talvez seja um dos motivos pelos quais até hoje a tuberculose não foi erradicada”. Paixão cita ainda que, a doença ataca principalmente pessoas com sistema imunológico baixo, como portadores do vírus HIV. “Pessoas que apresentam problemas nutricionais e alcoólatras também têm mais chances de contrair a doença”, revela.

Crianças e idosos também estão mais expostos, pois não possuem um sistema de defesa do organismo tão forte como o de uma pessoa adulta. “O fator racial também tem representação na doença; a raça negra tem mais chances de desenvolver a tuberculose”, pontua.

Na maioria dos casos, o pneumologista conta que o paciente não consegue identificar que está com a doença. Mas alguns sintomas devem ser observados com atenção, como a tosse (com secreção) por mais de três semanas. “No entanto, às vezes é necessário realizar uma biópsia por meio do tecido do pulmão para diagnosticar a doença”, explica.

A forma de transmissão da tuberculose se dá através do ar, pelas vias respiratórias. “A pessoa pode inalar o bacilo e não desenvolver a doença; tudo irá depender de seu sistema imunológico. Talheres, toalhas e objetos pessoais não transmitem a doença”, afirma o médico especialista.

Fonte: Oeste Notícias

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