Vacina anti-HIV da USP passa em teste inicial com macacos

Até agora a pesquisa custou R$ 1 milhão

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O projeto piloto do teste em macacos de uma vacina contra o HIV desenvolvida pela USP obteve resultados preliminares surpreendentemente positivos, afirmam os cientistas que o conduziram.
 
“Testamos a resposta imune dos animais e os resultados foram excelentes”, conta Edecio Cunha Neto, pesquisador que liderou os trabalhos de desenvolvimento da vacina. “Os sinais foram bem mais intensos do que os que encontramos em camundongos” diz Susan Ribeiro, cientista associada ao projeto.
 
A supresa dos pesquisadores, que ministratam três doses separadas por 15 dias em quatro macacos-resos do Instituto Butantan, se deu pelo fato de que normalmente a reação a essa modalidade de vacinação é menor em primatas do que em roedores.
 
Trata-se de uma vacina DNA. Os cientistas “escrevem” nessa molécula trechos de genes que codificam pedaços de proteínas do vírus causador da aids.
 
Com a colocação do DNA no organismo, o objetivo é que ele seja usado dentro das células para criar só essas miniproteínas (chamadas peptídeos), sem o vírus original.
 
O projeto ainda não dá resultados definitivos, mas se os novos testes forem bem-sucedidos pode estar aberto o caminho para ensaios em seres humanos.
 
Até agora a pesquisa custou R$ 1 milhão, porém para chegar à etapa final a estimativa é que necessite de R$ 250 milhões. A USP procura parceiros na iniciativa privada para levantar o investimento.
 

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