Segundo a advogada Maria Fernanda de Almeida Prado e Silva, sócio do escritório Mattos Filho, as transações na área da saúde aumentaram nos últimos três anos. Ela se refere a fusões e aquisições, que se referem a venda total ou parcial de ativos.
Em 2014 foram 37 transações; em 2015, 76 e em 2016, somente no primeiro semestre, já foram contabilizadas 41 operações. Esta tendência fez com que o seu escritório criasse um grupo disciplinar chamado Life Science, a fim de entender as peculiaridades do mercado de saúde.
Na opinião de Maria Fernanda, não é preciso ter receio coma chegada dos fundos de investimento, porque embora a chegada do investidor proponha muitas mudanças na áera de governança corporativa, eles costumam respeitar a expertise médica.
Embora o interesse dos fundos tenha aumentado, o Brasil apresenta riscos que diminuem o valor das transações, como o fiscal e o trabalhista. A corrupção também é algo que preocupa os investidores. “A saúde é um setor que tem bastante interação com o poder público, e os fundos olham com muito cuidado para isso”, alertou.
A advogada participou do 1º Conecta Saúde, promovido pela IEPAS, no Novotel Jaraguá, centro da capital paulista.