Icesp reduz em 90% ida de diabéticos a PS

Iniciativa inclui monitoramento individualizado e orientação

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Um programa inédito desenvolvido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e à Faculdade de Medicina da USP, reduziu em 90% a procura de pacientes com câncer e diabéticos ao setor de pronto-atendimento do hospital.
 
O programa de orientação e monitoramento dos pacientes, realizado pelo serviço de endocrinologia do Icesp, foi criado porque muitos pacientes com câncer apresentam nível glicêmico descompensado devido aos efeitos adversos causados por quimioterápicos e, por isso, precisam de um controle rápido para continuar o tratamento oncológico.
 
Uma equipe multidisciplinar trabalha de forma continuada no monitoramento individualizado de cada paciente. A primeira etapa do atendimento é educá-los sobre a doença, ensinando-os a fazer o automonitoramento glicêmico em casa e a realizar ajustes nas doses de medicação, interagindo com a equipe médica semanalmente, via e-mail.
 
A orientação é feita por um enfermeiro referência, de forma didática, com ilustrações, demonstrações teóricas e práticas, para orientá-los até sobre alguns mitos do procedimento de aplicação da insulina. O objetivo do programa é melhorar a qualidade de vida dos pacientes, evitando interrupções ou atrasos do tratamento causado por descontrole glicêmico.
 
Com o desenvolvimento do projeto, o Icesp realizou uma pesquisa para analisar os resultados concretos e quantitativos da iniciativa. Após 30 meses da implantação, 361 pacientes foram atendidos, dos quais 185 mulheres e 176 homens, com idade média de 62 anos.
 
Dos pacientes encaminhados pelo controle pré-operatório, nenhum teve a cirurgia adiada por nível glicêmico inadequado. Outro indicativo é que antes da intervenção do grupo, 40 pacientes compareceram ao pronto-socorro e, depois, apenas quatro, o que representa redução de 90%
 
“O diabetes é uma das disfunções que mais atinge os pacientes. Por isso, o programa é muito importante, já que um controle rápido jamais seria possível caso o monitoramento e os ajustes nas doses de medicação fossem realizados somente nas consultas de retorno com o médico”, explica a médica Ana Hoff, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Icesp.

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