Inovação ao alcance das mãos

Conheça soluções que estão reinventando o mercado da saúde

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O mundo anda veloz e na atual era das respostas rápidas, das conexões instantâneas e do acesso fácil a qualquer tipo de informação, toda a cadeia produtiva vem passando por mudanças. O setor da saúde, fundamental na economia brasileira, é um dos mais impactados pelas inovações que trazem conforto aos pacientes, agilidade no atendimento médico e melhora da performance da gestão dos estabelecimentos de saúde. Esses e outros temas foram debatidos com especialistas do setor durante o evento “Transformando a inovação em prática”, promovido pela FEHOESP no Dia do Hospital, 2 de julho, com patrocínio da Captalys.

De acordo com Carlos Alberto Ballarati, diretor executivo da I9med, todas essas mudanças vêm provocando uma verdadeira corrida no setor da saúde no Brasil porque várias tendências estão surgindo e se consolidando simultaneamente de tal maneira que estão revolucionando todo o segmento. Exemplos são o surgimento de grandes redes de hospitais e de laboratórios; o aumento da demanda de saúde, enquanto há déficit de leitos; crescimento de custos por um lado, mas com ganhos para a segurança do paciente de outro; sofisticação da tecnologia; envelhecimento da população; chegada de investidores internacionais; maior foco em atendimento primário, em informações genéticas e na longevidade das pessoas; uso crescente da telemedicina; inteligência artificial associada à nanotecnologia para possibilitar testes e exames mais rápidos, completos e acessíveis, entre outras. “A inovação vem ocorrendo cada vez mais rápido. Para efeito de comparação entre diferentes tecnologias ao longo da história humana, as inovações mais recentes atingiram um volume maior de pessoas num curto período de tempo: enquanto os aviões de carreira levaram 60 anos para chegar a um público de 50 milhões de pessoas e o celular demorou 10 anos para atingir esse total, o Ichat (suporte online da Apple) demorou um ano, e o jogo Pokemón Go! levou apenas 19 dias”, explica Ballarati.

Aliada importante da qualidade no atendimento, a tecnologia impacta na humanização da medicina, na individualização cada vez maior dos tratamentos e medicamentos; na busca de mais eficiência na gestão e nos modelos de remuneração dos prestadores de serviços. Para Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do SINDHOSP e diretor da FEHOESP, os investimentos em humanização que hoje em dia são vistos como inovadores, na verdade são uma demanda do setor da saúde que já existe há muito tempo e que acabaram ficando em segundo plano diante de tanta inovação tecnológica. “Quando me formei em Medicina na Santa Casa de São Paulo, um dos meus professores, que já tinha 50 anos de formado, dizia que não existia doença, mas, sim, doente. Ele enfatizava que a prática correta da medicina deveria ser a de conversar com o paciente, obter todo seu histórico e conhecer os sintomas para realmente elevar o cuidado com a pessoa. O fato é que o sistema cresceu, mudou muito e tornou-se hospitalocêntrico”, relata ele.

De fato, esse ainda é o retrato atual, mas, de acordo com Carlos Ballarati, grandes mudanças estão ocorrendo. “Os hospitais cada vez mais deixarão de tratar doenças para preveni-las, usando todas as inovações possíveis. Os planos de saúde também estão seguindo essa linha de cuidar cada vez menos da doença e mais da saúde das pessoas que, por sua vez, estão ficando mais preocupadas em cuidar da própria qualidade de vida, que ainda é deixada nas mãos dos médicos e dos convênios”, ressalta o executivo da I9med. No entanto, há um entrave em toda essa avalanche tecnológica que precisa ser superado. Trata-se da quantidade incontável de informações produzidas que não são devidamente usadas no setor. “A tecnologia e todas as inovações geram um volume de dados imenso e isso não é usado corretamente na saúde. Ao mesmo tempo, a tecnologia na saúde eleva os custos e esse investimento precisa ser colocado em prática para gerar benefícios para as empresas e para os pacientes”, destaca.
Diversas são as soluções disponíveis no mercado para fazer uso correto dos dados e recursos disponíveis: da gestão mais eficiente dos gastos, passando por soluções técnicas para obter economia real de energia e de dinheiro, assim como a integração de dados que possibilitem atendimento mais ágil para casos graves até a sistematização de processos internos para a melhora do desempenho financeiro e qualitativo. Conheça, a seguir, algumas delas:  

Gestão do fluxo de caixa 

Para tirar o máximo de benefícios dos investimentos em inovação, as empresas precisam, paralelamente, atuar para fazer uma boa gestão do fluxo de caixa. De acordo com Lucas Castilho Muñoz, gerente de Portfólio da Captalys, gestora de crédito com foco no setor da saúde, todas as empresas, sejam de que tamanho forem, podem ter uma vida financeira mais sustentável. É preciso, segundo ele, entender o contexto econômico para que a tomada de decisões seja a mais assertiva possível. “No cenário externo, o aumento da taxa de juros americana está prestes a acontecer, porque os EUA estão crescendo internamente. Isso cria uma pressão interna por aumento de salários dos trabalhadores locais, por causa do baixo nível de desemprego que aquele país registra e porque o governo Trump está barrando a entrada de imigrantes, além de estar em uma ‘guerra’ de preços com a China”, explica ele. O “fator EUA” mantém a economia externa estabilizada e é bom para o Brasil. Já o cenário interno brasileiro, de acordo com o economista, sinaliza uma expectativa positiva do mercado com as reformas. “Enquanto a Previdenciária está em tramitação e negociação, gerando a perspectiva de ajustes das contas públicas, a reforma tributária é um pouco mais difícil, mas também é importantíssima para o país”, explica ele. 

 A expectativa dos empresários tem um papel forte no cenário econômico, já que a economia depende, também, do nível de confiança dos investidores e empresários. “Quando a economia vive bons períodos, a tendência é que todos os seus atores com poder de decisão pensem que a economia deve ficar ainda melhor. Assim, o desempenho fica acima do realizado. Já quando a economia está ruim, o realizado costuma ficar abaixo”, explica Muñoz. Independentemente desse cenário, o gerente da Captalys destaca que o Brasil está conseguindo manter um n&iacute

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