Especialistas e dirigentes da saúde discutiram soluções para o problema no 16º Class
O último dia do 16º Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, realizado no dia 27 de maio, foi dedicado ao módulo de Capacitação Profissional em Saúde, discutindo uma das maiores carências do setor.
Para isso, em sua primeira mesa redonda, realizada pela manhã, o tema foi “A Política do Governo Federal para a Formação e Capacitação do Profissional de Saúde”.
Moderada pelo diretor do CPES/Unifesp, Marcos Bosi Ferraz, a discussão foi antecedida pela apresentação da representante do Ministério da Saúde Rosana Puccini, que reafirmou os princípios do SUS em relação ao seu quadro de recursos humanos, lembrando que a própria Constituição Federal, em seu artigo 200, estabelece que “ao SUS compete, além de outras atribuições, ordenar a formação dos recursos humanos na área da saúde”.
Puccini afirmou que, entre os objetivos estratégicos do ministério até 2015, destaca-se o ponto em que deve trabalhar para “contribuir para a adequada formação, alocação, qualificação e valorização da democratização das relações de trabalho dos profissionais e trabalhadores do SUS”.
Após a apresentação, juntaram-se à mesa o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – Coren-SP, Claudio Porto, e o assessor técnico da Confederação Nacional de Saúde – CNS, Olympio Tavora Correa, que destacou a busca pela carreira superior em saúde em detrimento da formação técnica. “Precisamos formar o pessoal de nível técnico, pois não temos no país quantidade nem qualidade”.
Para o presidente do Coren-SP, que também cobrou ações concretas do Governo, o problema está intimamente ligado às instituições formadoras. “Não tivemos até agora a preocupação com a qualidade da formação profissional. Se cabe ao SUS ordenar esse processo, hoje é o contrário que ocorre. Existe um distanciamento em relação a isso”, finalizou.
Fonte: FEHOESP