FEHOESP esteve presente e apoiou a manifestação
Médicos paulistas soltaram balões brancos em ato para marcar o Dia Nacional de Protesto Contra os Planos de Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar. O ato público teve início às 11 horas desta segunda-feira (7), na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), no centro de São Paulo.
Neste 7 de abril, os médicos paulistas também suspendem por 24 horas os atendimentos eletivos aos usuários de planos de saúde, garantido as urgências e procedimentos já agendados.
Estava prevista ainda uma campanha para doação de sangue, na sede da APM, mas a empresa contratada para o serviço não conseguiu disponibilizar os equipamentos necessários no local. A APM, então, ofertou transporte para que os médicos pudessem fazer a doação na Santa Casa ou no Hospital das Clínicas.
O ato contou com a presença de diretores e conselheiros do Cremesp e do Conselho Regional de Odontologia, além de representantes da APM, da Associação Brasileira de Mulheres Médicas e da Academia Paulista de Medicina, entre outras entidades. A FEHOESP e o SINDHOSP também participaram, por meio do coordenador de saúde suplementar Danilo Bernik.
O diretor segundo-secretário do Cremesp, Renato Azevedo, destacou, durante o ato, que a saúde suplementar no Brasil desrespeita pacientes e médicos. De acordo com Azevedo, os planos impõem dificuldades de acesso, criam obstáculos para a realização de exames de pacientes e remuneram mal os médicos, além de interferir na autonomia dos profissionais. Ele lembrou ainda que tanto a saúde suplementar como a pública está muito aquém do esperado de um país do porte do Brasil. “As pesquisas apontam que a Saúde é o problema que mais preocupa os brasileiros. O investimento privado na área é maior que o investimento público, sendo que o SUS atende a maioria da população. Essa é uma contradição que terá de ser resolvida e, para isso, é necessário que o Governo Federal encare a saúde como uma prioridade. Não é possível que a sétima economia mundial continue tratando a saúde de sua população dessa maneira”, afirmou. Azevedo lembrou ainda que o projeto de lei de iniciativa popular que obriga a União a destinar, anualmente, o mínimo de 10% da receita corrente bruta para a saúde “está parado no Congresso, apesar de ter colhido mais de dois milhões de assinaturas, o que é um desrespeito à vontade dos brasileiros”.
O presidente da APM, Florisval Meinão destacou que os médicos de todo país estavam fazendo manifestações, neste 7 de abril, para demonstrar a insatisfação da categoria com a situação da saúde.
O vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Jorge Curi, enfatizou sobre a importância de divulgar as deficiências da área da saúde em um ano eleitoral.
Reivindicações
O movimento reivindica o acesso pleno dos pacientes à assistência de qualidade, o fim das interferências das operadoras no exercício da medicina, além da valorização de honorários de consultas e procedimentos.
Outra pauta do 7 de abril é por mais investimentos no Sistema Único de Saúde.
Fonte: Cremesp
Fotos: Marina Bustos