O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, visitou a sede da FESAÚDE e participou de um encontro com representantes do setor ao lado deputado federal e seu correligionário Pedro Westphalen. Recém-filiado ao Partido Progressistas (PP), o capitão Derrite confirmou que pretende concorrer a uma vaga no Senado Federal por São Paulo no ano que vem. “Esse encontro abre a nossa jornada de discussões com pré-candidatos às eleições 2026”, destacou Francisco Balestrin, presidente da FESAÚDE. “Falar de segurança pública é falar de vida, e falar de vida é falar de saúde”.


Fotos: FESAÚDE / Gerson Areias
O deputado Pedro Westphalen lembrou que o capitão Derrite já pertenceu aos quadros do PP no passado. “Ele é um político jovem, de atitudes fortes e posições firmes”, comentou o parlamentar. “O Derrite modificou o trabalho na Secretaria de Segurança Pública em São Paulo, que é uma das funções mais difíceis do Brasil”.
Academia do Barro Branco
O capitão Derrite, que é também deputado federal em segundo mandato – foi eleito pela primeira vez em 2018 –, falou de sua atuação na área da saúde como parlamentar, destacando a implementação do serviço de transplante de medula óssea no Hospital do GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil), em Sorocaba. “Fui padrinho desse projeto”, informou Derrite.


Formado pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, Guilherme Derrite atuou como oficial da Rota e do Corpo de Bombeiros da PM de São Paulo antes de migrar para a vida política. Durante sua carreira, formou-se em Direito com especialização em Direito Constitucional e está concluindo mestrado em Gestão e Políticas Públicas. “Fiz o plano de segurança público para a campanha do governador Tarcísio de Freitas e acabei sendo chamado para assumir a secretaria. O foco sempre foi encarecer o custo do crime e evitar a criação de narcoestados, como estava acontecendo em Guarujá, no litoral paulista. Criamos diretrizes sólidas de combate ao crime organizado, que se infiltrou até na saúde, com muitas OS sendo usadas para lavar dinheiro”, disse o secretário. “Em resumo, trabalhamos para capturar lideranças do crime organizado, inviabilizar a cadeia logística do crime e neutralizar a lavagem de dinheiro”.
Bandido bom é bandido preso
O secretário Derrite destacou também o programa Muralha Paulista, que criou centrais de monitoramento com base de dados da Secretaria de Segurança Pública, identificando procurados pela justiça e ações criminosas em andamento, além de sua atuação parlamentar para acabar com a saída temporária de presos. “Um dos grandes problemas do Brasil é a impunidade. A polícia prende e a justiça solta. Por isso tenho trabalhado na reforma do sistema de justiça criminal, em particular as audiências de custódia. Bandido bom é bandido preso. Tenho o compromisso do deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, de pautar esse tema”.


O convidado da FESAÚDE também respondeu a perguntas de representantes da área da saúde. Falou sobre os riscos à saúde da pirataria de cigarros, clínicas clandestinas de aborto, exercício ilegal da medicina, venda de medicamentos e receitas falsas e uso de dados genéticos para investigação de crimes. “A legislação proíbe coleta involuntária de material genético fora do sistema carcerário, este é um desafio. O que queremos e já fazemos com biometria na arena do Palmeiras, por exemplo, é confrontar as informações com nosso banco de dados e saber se o indivíduo é procurado pela justiça”.

