Caravana da Saúde realiza fórum de gestão e entrega passaportes do programa SIGA em Campinas

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A FESAÚDE e o SindHosp, em parceria com a Anahp, realizaram em Campinas, no interior de São Paulo, a primeira escala da “Caravana da Saúde” para divulgação do programa SIGA, que é um Sistema de Indicadores para Gestão de Alto Desempenho, com a realização do Fórum Saúde & Gestão.

Durante o evento, realizado no hotel Meliá, o presidente Francisco Balestrin e a diretora-executiva Larissa Eloi da FESAÚDE/SindHosp entregaram para os embaixadores Flávio Leite Aranha Júnior, diretor da Unimed Campinas, e Henri Boteon, diretor executivo da Fundação Centro Médico de Campinas, os passaportes de excelência do programa SIGA.

Passaportes de excelência

Com objetivo de impulsionar uma cultura institucional baseada no uso estratégico de indicadores, benchmarking e aprendizado colaborativo, a jornada SIGA é guiada por quatro pilares: medir, evoluir, transformar e sustentar. Cada hospital participante ganha um passaporte da excelência, que é entregue a um embaixador institucional para ser carimbado a cada fase vencida, num modelo de “gameficação”, fomentando decisões baseadas em evidências. As etapas incluem indicadores operacionais, assistenciais (cuidado baseado em dados), governança (pessoas e resultados financeiros) e excelência e alto desempenho (apresentações executivas).

“Trata-se de uma parceria com Anaph. Incluímos nossos representados dentro do Sinha para imputar indicadores e poder estabelecer comparações também com instituições do Estado de São Paulo pela FESAÚDE/SindHosp”, explicou Larissa Eloi. “Começamos com hospitais, vamos estender para laboratórios e clínicas. A proposta é transformar dados em reconhecimento, esforço técnico em prestígio institucional”. Segundo ela, mais que um programar técnico, o SIGA é um movimento pela valorização dos hospitais que cuidam com excelência e demonstram esse impacto com evidências.

O poder dos indicadores

Com o tema “Gestão de alto desempenho em saúde – o poder dos indicadores”, o Fórum Saúde & Gestão foi dividido em dois painéis e reuniu lideranças do setor em Campinas para discutir a importância dos indicadores como ferramenta estratégica para a gestão eficiente da saúde pública e privada. Francisco Balestrin abriu o evento ressaltando que a FESAÚDE e o SindHosp operam como um “hub de saúde” e enfatizou: “Fazemos parte do SUS, que comporta o público e o privado”.

Marcelo Neto, representante do SindJundiaí, e Yussif Ali Mere Junior, do SindRibeirão, destacaram as transformações dos sindicatos de saúde após a Reforma Trabalhista de 2018. “Tivemos de nos reinventar”, lembrou Yussif. Ele ressaltou a importância do financiamento público para o que chamou de “saúde pública não estatal”, que funciona muito bem em áreas, por exemplo, como oncologia.

No painel de gestão “Transformando gestão em resultados – indicadores como motor de performance e sustentabilidade”, mediado por Larissa Eloi, da FESAÚDE/SindHosp, Flávio Leite Aranha Júnior, diretor da Unimed Campinas, reforçou a necessidade de indicadores para medir e transformar os serviços: “Sem indicadores, o gestor não transforma nem conhece o que faz”. Ele destacou a importância de dados integrados e governança para avançar em modelos de gestão dinâmicos.

Henri Boteon, diretor executivo da Fundação Centro Médico de Campinas, complementou: “Bons indicadores não nos conformam, temos de avançar”, apontando a complexidade da análise de dados em saúde e a necessidade de melhoria contínua.

O sócio-líder da KPMG Brasil, Leonardo Giusti, trouxe a perspectiva da sustentabilidade e gestão estratégica, afirmando que “saúde tem preço”. Ele também reforçou o papel da cultura organizacional: “Mais que ter dados no painel, as pessoas precisam saber o que estão medindo e por quê”.

Saúde pública

No painel político “Indicadores como aliados da gestão pública em saúde – decisões com impacto real” Jean Gorinchteyn, ex-secretário da Saúde de São Paulo e atual secretário em São Bernardo do Campo, falou da importância do financiamento do SUS, para lidar com as filas e a falta de atendimento de especialistas: “Durante a pandemia, o SUS nunca foi tão lembrado e financiado, o que nos permitiu acolher as pessoas. Agora, passada a crise, voltamos ao passado”.

Sérgio Bisogni, presidente da Rede Mário Gatti, representando o prefeito de Campinas, o médico urologista Dário Saadi, apontou os desafios de gestão em grandes sistemas e destacou as vantagens de uma autarquia: “Quebramos paradigmas com contratação de empresas terceirizadas para melhorar o atendimento, fazendo tudo mais rápido e com mais eficiência”.

A próxima escala da Caravana da Saúde será em Ribeirão Preto, no dia 28 de novembro. Depois, em São José dos Campos, em dezembro.

Clique aqui e participe do SIGA.

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