O SindHosp realizou pesquisa entre 76 hospitais privados do Estado de São Paulo (20% da amostra de 383 hospitais privados aptos a atender Covid-19) para obter um raio-x das internações Covid-19 na rede privada, verificar se houve aumento de casos, checar se os hospitais têm capacidade de ampliação de leitos clínicos e de UTI e se estão mantendo a agenda de cirurgias e procedimentos eletivos. O período pesquisado corresponde aos primeiros dez dias do ano.
O levantamento apurou que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes portadores do novo coronavírus variava entre 81% a 90% para 44% dos hospitais. 20% dos hospitais estavam com taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 de 91% a 100%, e 8% com 71% a 80% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19, perfazendo um total de 72% de hospitais com taxa superior a 71%.
Hospitais aumentaram leitos, mas têm capacidade para ampliar mais
28% dos hospitais tiveram que aumentar o número de leitos clínicos destinados à Covid-19 nesse período e 26% dos hospitais aumentaram o número de leitos de UTI para atendimento da Covid-19 para atender ao aumento da demanda. Mesmo assim, 63% dos hospitais afirmam ter condições de aumentar ainda nais o número de leitos destinados ao tratamento da Covid-19, se necessário.
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, destaca que a rede privada de saúde quer apoiar os governos no atendimento rápido e eficiente aos pacientes Covid-19. “A integração público-privada torna-se fundamental nesse momento da pandemia. E os hospitais privados estão ampliando atendimentos e desdobrando esforços para garantir assistência à população”.
A pesquisa indica que os hospitais privados não estão cancelando ou adiando outros atendimentos. 76% dos hospitais pesquisados responderam que não estão cancelando cirurgias ou outros procedimentos eletivos em razão da Covid-19. “Precisamos atender a todos pacientes, sejam infectados pelo coronavírus ou não”, destaca o presidente.
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