Tecnologia é aliada na relação médico-paciente

Painel fez parte do 1º Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde

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Muitos são os desafios para o profissional de saúde no âmbito digital. Esse foi o principal tema das discussões do módulo “Mudanças no mercado”, na primeira etapa do I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde.

Na opinião de Caio Seixas Soares, diretor médico da Teladoc Health Brasil, entre as principais contribuições da tecnologia para a saúde estão o aconselhamento médico personalizado, as orientações rápidas para o paciente, auxílio em terapias e chegada de informações de qualidade para médicos e pacientes no intuito de que as decisões possam ser conduzidas de forma qualificada. “No nosso trabalho notamos que os médicos da família são os melhor habilitados para escuta das necessidades do paciente e para a auxílio ao paciente de forma não presencial. Ele atinge pontos que os especialistas, muitas vezes,não atinge. É fundamental ressaltar que a preocupação sempre vai ser trazer qualidade clínica, conveniência e valor em saúde para essa relação”, destacou.

O tempo, nesse cenário tão volátil da tecnologia, é o principal recurso a ser usado pelos profissionais, de acordo com Marcelo Botelho da Veus Technology, palestrante do mesmo módulo. “A quantidade de recursos e novos negócios disruptivos é farta, as ferramentas e equipamentos já fazem o trabalho de muitos médicos e o volume de informações de saúde é imenso. Dessa forma, o principal desafio é integrar todos esses recursos para que haja mais compartilhamento e interoperabilidade entre os diferentes atores do setor”, explicou. “O paciente deve ser o centro do universo do cuidado, por isso a relação dos prestadores com esses clientes precisa integrada para essa grande mudança”, completou.

Entre os atores desse universo da saúde e que, justamente, precisa ser um dos mais familiarizado com a tecnologia está o médico. De acordo com Mario Jorge Tsuchiya, presidente do Cremesp, como a tecnologia é uma realidade irreversível, só resta a esses profissionais valorizar a relação médico paciente como sempre fez e usar a tecnologia a seu favor. “O médico continua sendo médico e precisa atuar baseado na Ética da profissão. A tecnologia vem como ferramenta apenas de conectividade e interatividade, mas que deve ser aperfeiçoada com o passar do tempo como se propôs o Conselho Federal de Medicina ao recuar e revisar as normas de Telemedicina”, destacou. Para o presidente do Cremesp, os últimos anos têm sido muito desafiadores para a profissão com o avanço da tecnologia, mas o seu objetivo deve ser sempre o mesmo: cuidar de quem precisa de seus serviços. “É fundamental encontrar um ponto de equilíbrio nessa conjuntura”.

 

Por Eleni Trindade

 

 

 

 

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