Os gastos com remédios para tratar doenças crônicas acumuladas podem subir 481% se o paciente não fizer tratamento adequado.
O efeito, que pode impactar os resultados de planos e operadoras de saúde, além do orçamento de departamentos de RH de empresas, foi medido por estudo da Orizon, que faz integração de operadoras de saúde e prestadores de serviços. A empresa tem como acionistas Bradesco Seguros, Cielo e Cassi.
A comparação é feita entre um doente crônico que possui apenas uma enfermidade e aquele que acumula outras pela falta de tratamento.
O paciente com hipertensão gasta em média R$ 502,12 ao ano para tratar a doença. Quem sofre de colesterol elevado tem gastos de R$ 531,75.
Para os diabéticos são desembolsados R$ 1.293,68, de acordo com o levantamento que analisou, de janeiro a dezembro de 2011, 28 mil perfis de pessoas no banco de dados da companhia.
“Esse é um assunto que o setor tem estudado muito, mas há pouca conclusão. A pressão sobre os planos de saúde de fato se reduz com o tratamento adequado. Isso gera queda em gastos com internação e entradas em pronto-socorro”, diz Allan Rhinow Assumpção, da Orizon.
“A própria ANS, em suas publicações, já sugeriu que as operadoras bonificassem as empresas que têm algum programa de qualidade de vida”, afirma. Entre os casos de pacientes abordados no estudo, a maior incidência foi de hipertensão.
Fonte: Folha de S. Paulo