PS lotado lidera queixas contra planos de saúde

Problemas no atendimento dos prontos-socorros privados representam a principal queixa de usuários de planos de saúde em São Paulo. Os dados são de uma ...

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Lotação na sala de espera e demora no atendimento são as principais falhas citadas por clientes

Problemas no atendimento dos prontos-socorros privados representam a principal queixa de usuários de planos de saúde em São Paulo.

Os dados são de uma pesquisa feita pelo Datafolha a pedido da APM (Associação Paulista de Medicina). Foram entrevistados 804 usuários de planos no Estado e 77% afirmaram ter tido algum problema com suas operadoras nos dois últimos anos.

As queixas são maiores entre os que utilizaram um pronto-socorro nesse período – 72% disseram ter enfrentado problemas como lotação na sala de espera, demora para atendimento e realização de exames, locais inadequados para a medicação e demora ou negativa na transferência para internação.

Reportagem da Folha em julho mostrou que a espera nos hospitais privados pode chegar a até cinco horas. O sindicato estadual dos hospitais privados afirmou que a taxa de ocupação das unidades está acima da capacidade recomendada.

Isso acontece, disse a entidade, porque houve um aumento grande de usuários de operadoras de planos de saúde, acompanhado do fechamento de ao menos oito hospitais ligados a planos.

Para entidades médicas como a APM, o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina de SP, as operadoras ampliaram o número de beneficiários sem aumentar, de forma proporcional, a rede credenciada.

“O papel da ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] é controlar essa expansão. Uma companhia aérea não pode vender mais lugares do que os que existem no avião”, afirma Aloízio Tibiriçá, diretor do Conselho Federal de Medicina.

Consultas
As consultas e os exames diagnósticos, procedimentos mais usados pelos pacientes, também foram alvo de insatisfação: 64% e 40% dos que usaram os serviços, respectivamente, reclamaram de problemas no atendimento.

Mas, no geral, 69% dos usuários se disseram satisfeitos com seu plano atual.

A ANS afirmou que está analisando a pesquisa e só depois se pronunciará.

A FenaSaúde, que representa 15 das maiores operadoras, disse que a pesquisa aponta um alto nível de satisfação com os planos de saúde. “Ainda assim, as afiliadas da FenaSaúde trabalham para a constante evolução do atendimento prestado”, afirmou a entidade em nota.

A ProTeste, órgão de defesa do consumidor, e a APM criaram um número telefônico para reclamações: 0800-200-4200.

Fonte: Folha de S. Paulo

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