Após iniciar a construção de novas unidades para ampliar a quantidade de leitos, os hospitais investem no gerenciamento das vagas já existentes, segundo a Anahp (que reúne hospitais privados).
Medidas como o uso de medicamentos menos agressivos, tecnologias cirúrgicas que reduzem o tempo de internação e agilidade nas altas elevaram a ocupação das instituições.
“Com o aumento da faixa etária dos doentes, espera-se que suba o tempo de internação, mas temos conseguido manter isso em uma média de quatro dias”, diz Denise Schout, executiva da Anahp.
No Santa Isabel, o gerenciamento de leitos, que antes era mais focado no departamento de internação passou a agregar o trabalho de profissionais de enfermagem.
“Reduzimos de 41 transferências para apenas uma transferência externa de pacientes por falta de vagas entre janeiro e março. A renda do hospital subiu considerando a mesma quantidade de leitos há um ano”, diz Kely Gonçalves, enfermeira.
A taxa de ocupação subiu de 76% em janeiro para 84% em março, segundo ela.
O Hospital São José, após passar por investimentos em oncologia, registrou um aumento da demanda. “O avanço da saúde suplementar também eleva a demanda. Temos obras, mas levam mais tempo”, diz o superintendente Julio Neto.
Medidas como a antecipação do atendimento aos pacientes que receberão alta foram tomadas, o que reduziu o intervalo em que o leito permanece livre.
Com o uso de robótica e convergência tecnológica os procedimentos ficaram mais eficientes, segundo Claudio Lottenberg, do Albert Einstein. “Uma internação que necessitava de dez dias, pode hoje levar apenas dois.”
Número
4 dias é a média de tempo de internação, segundo a Anahp
Saúde em alta
A Bradesco Saúde e a Mediservice, sua controlada, atingiram juntas faturamento de R$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre de 2012. O aumento foi de 15,7% ante o mesmo período do ano passado.
O segmento SPG (Seguro para Pequenos Grupos) foi destaque, com alta de 33% em relação aos primeiros três meses de 2011.
Na SulAmérica, a carteira de seguro saúde teve prêmios de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre, 20% a mais que no mesmo período de 2011, com destaque para a linha para pequenas e médias empresas.
Fonte: Folha de S. Paulo