Nota Técnica atualiza orientações sobre rastreamento do câncer de mama na pandemia

Governo lançou programa para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença

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O Ministério da Saúde lançou campanha para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de câncer de mama. Com o slogan  “Cuidado com as mamas, carinho com seu corpo”, a ação busca conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Mesmo com a pandemia da Covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) continuou com o atendimento e a oferta de tratamento adequado às pacientes.

O trabalho nos últimos anos, de acordo com o governo, é alertar sobre a importância de “estar alerta” a qualquer alteração suspeita nas mamas, assim como desenvolve ações com gestores e profissionais de saúde sobre a prioridade do rápido encaminhamento para início do tratamento adequado. 

Segundo o ministério, o início do tratamento do câncer de mama para pacientes que procuram atendimento no SUS está mais ágil. Dados de janeiro e julho de 2020 mostram que, em 99,57% dos casos atendidos, o tempo entre o diagnóstico e o tratamento do carcinoma in situ, estágio inicial do câncer de mama, foi de até 30 dias. No mesmo período de 2019, isso aconteceu em 99,16% dos casos. Em 75,54% dos atendimentos, o tempo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no SUS foi respeitado. A produção de mamografias no SUS de janeiro a julho deste ano foi de 1.132.237.

Nota Técnica  
O Ministério da Saúde elaborou nota técnica atualizando orientações sobre o rastreamento do câncer de mama durante a pandemia da Covid-19. Também foram recomendadas ações para a preservação de pacientes, familiares e profissionais, viabilizando os atendimentos de urgência e a manutenção da assistência com segurança àqueles que estão em tratamento.

O secretário da Atenção Especializada à Saúde explicou que a pandemia impactou nos atendimentos, mas que “em nenhum momento os nossos institutos e hospitais fecharam as portas. O acesso ao tratamento estava aberto. É um desnível temporário e essa retomada será sustentável”, disse Franco Duarte. “Não espere. Qualquer alteração, um nódulo, na característica da pele da mama, procure um médico”, alertou.

As cirurgias em geral no Instituto Nacional de Câncer (INCA) – órgão ligado ao Ministério da Saúde –  estão sendo retomadas e os tratamentos essenciais de quimioterapia permaneceram de forma adaptada, com pacientes recebendo suporte psicológico.

O Ministério da Saúde também tem reforçado a assistência oncológica na rede pública de saúde com o Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PERSUS), maior programa público do mundo de entrega de equipamentos de radioterapia. A iniciativa tem objetivo de ampliar e criar novos serviços de radioterapia em hospitais.

Com o investimento federal de R$ 700 milhões, já foram implantados 24 aceleradores lineares pelo PERSUS. Mais 24 espaços de radioterapia estão previstos para serem concluídos em 2020, além da assinatura de 20 novas ordens de serviços para início de obras. Outros 13 convênios para aquisição de aceleradores estão sendo executados.

Atendimento 

O SUS oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. O controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde e pelo rastreio mamográfico. Para o secretário Raphael Parente, o Ministério da Saúde está focado na redução do câncer de mama. “A Atenção Primária atua na promoção, na orientação da população sobre os fatores de risco, que são a obesidade e o consumo de álcool, além da questão do rastreio. O Ministério da Saúde está trabalhando forte para a ampliação”, afirmou o secretário de Atenção Primária.

É recomendado que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam o exame a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária será abordada para realização da mamografia.

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