Ontem à tarde, UTI passou a atender 14 prematuros, número já bem acima do limite
O Ministério Público recomendou à Santa Casa que sejam transferidos para hospitais particulares da cidade recém-nascidos ou grávidas em trabalho de parto que apresentem condições clínicas. O promotor de Justiça Fernando Pascoal Lupo informou que a recomendação foi repassada ao provedor da Santa Casa, Mário Calderaro, na semana passada, durante uma das reuniões que o MP realizou com representantes do hospital e da Prefeitura. Primeiramente temos que salvar vidas e somente após a internação é que vamos verificar quem pagará a conta”, disse.
Lupo destacou que nesta semana se encontrará novamente com representantes da instituição de saúde e da Prefeitura. Ele avalia que a reabertura dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Suzano deve ajudar a diminuir a superlotação em Mogi.
O promotor revelou, ainda, que analisa as quatro ações civis públicas ingressadas na Justiça envolvendo o hospital mogiano. “Se em alguma delas já houve o pedido de abertura de novas vagas na UTI Neonatal não poderei entrar com uma nova ação. Teremos que aguardar a decisão da Justiça”, explicou.
A direção da Santa Casa voltou a reforçar ontem o comunicado de “alerta máximo” à Secretaria de Estado da Saúde, Vigilância Sanitária e Ministério Público, em razão da superlotação da UTI Neonatal. Desde o dia 20 de março, o departamento reservado a atendimento exclusivo de prematuros opera com a média de 11 bebês, quando a capacidade do local é para comportar nove bebês, além de outros três em setor de isolamento. Contudo, no último fim de semana, o número de recém-nascidos internados na UTI atingiu o número de 13 e ontem à tarde um 14º bebê prematuro nasceu, obrigando a direção da unidade a improvisar. “Já ultrapassamos nosso limite. Não há equipamento, nem leito especializado. Não sei o que fazer”, desabafou o provedor Mário Calderaro. “Não queremos ainda falar em fechamento da Maternidade para casos de alto risco, porque o atendimento tem de ser dado, mas precisamos muito de uma solução”, afirmou.
A Assessoria de Imprensa da Saúde, por sua vez, voltou a reforçar a utilização da Central de Regulação para remoções. Contudo, não explicou porque, até agora, nenhuma gestante ou bebê de Mogi não foi removido até o momento.
Fonte: Mogi News