Ações são voltadas para qualidade de vida e atendimento ambulatorial à população da 3ª idade
O governo estadual de São Paulo anuncia hoje um programa específico de atenção aos idosos, com ações voltadas para qualidade de vida e atendimento ambulatorial para a população da terceira idade. Hoje, 11% dos moradores do Estado (cerca de 4,5 milhões de pessoas) são idosos e até 2050 esse porcentual deverá dobrar.
O programa “São Paulo Amigo do Idoso” inclui ações de várias secretarias, como Desenvolvimento Social e Transportes, mas o carro-chefe será a Secretaria de Saúde, que vai investir R$ 30 milhões na implantação de seis hospitais de retaguarda, quatro polos regionais de referência e um centro-dia de cuidados intensivos voltados à terceira idade. O valor estimado de custeio será de R$ 82,8 milhões por ano.
“Trabalhamos no desenvolvimento desse programa durante um ano. O Estado tem de se preparar para não ser pego de surpresa com o envelhecimento da população”, diz o secretário da pasta, Giovani Guido Cerri.
Um dos consultores do programa, por exemplo, foi o médico e pesquisador Alexandre Kalache, um dos coordenadores do programa de envelhecimento da Organização Mundial da Saúde.
Projetos – Parte dos recursos da Saúde será investida na criação de quatro novos Centros de Referência ao Idoso (CRIs) nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, ABC e Baixada Santista.
Os CRIs serão polos regionais de promoção de envelhecimento ativo e centros formadores geriátricos, com especialidades médicas, atividades educacionais, culturais e de lazer. Na capital já existem duas unidades funcionando há 11 anos.
“Essas cidades foram escolhidas por terem uma prevalência maior de idosos. Mas, com o passar do tempo, nada impede a construção de outras unidades em outras regiões”, diz Cerri.
Segundo Cerri, além dessa vertente de atendimento ambulatorial, outra iniciativa será investir em assistência hospitalar de baixa complexidade. Assim, o governo vai readequar seis Santas Casas, com menos de 50 leitos, instaladas no interior do Estado.
“Elas serão transformadas em unidades hospitalares de retaguarda para cuidar exclusivamente de idosos. As cidades de Ipuã e Pedregulho já estão em readequação”, afirmou Cerri. Para isso, o Estado vai enviar recursos de apoio para o custeio.
Também será construído um Laboratório Centro-Dia Idoso no campus da USP Leste. A unidade deverá prestar assistência para idosos semi dependentes.
“Pensamos num projeto que fosse factível e adequado para um País em desenvolvimento. São Paulo quer se antecipar ao envelhecimento”, disse Cerri.
Fonte: O Estado de S. Paulo