A sociedade contemporânea exige cada vez mais comportamentos éticos de empresas e governo. Na área da saúde, a ética é premissa, especialmente por lidar com a vida humana. Neste ambiente, como se relacionar com os clientes pode ser a chave da transparência, da boa qualidade e do sucesso nos negócios.
Este foi o mote do debate da tarde do 11º Congresso de Gestão de Laboratórios Clínicos. “Não temos regulação para isso, mas há certas práticas que, de um modo geral, estabelecem códigos de ética que temos de manter nas relações profissionais com os agentes públicos e também com o setor privado. Afinal, devemos lembrar que as entidades de classe ou de negócios têm um papel extraordinário na liderança de práticas, e cada organização deve consolidar esses valores ao oferecer seus serviços à população”, disse Antonio Fonseca, do Conselho de Ética do Instituto Ética Saúde.
Para ele, “negócio sustentável tem de ser ético também em qualquer parte do mundo, porque não adianta evoluir tecnologicamente e continuar com as mesmas práticas de anos atrás”.
“Usar ferramentas de compliance, desmistificar o tema a partir de discussões com todos os envolvidos no processo da prestação de serviços traz a cultura do complice para toda a equipe”, afirmou o conpliance offcer da Siemens, André Luiz Rocha de Figueiredo.
Opinião reiterada presidente executiva do Laboratório Sabin, Lídia Abdalla. “Sempre tivemos a preocupação de ser transparentes, para minimizar as situações de desconfortos. Nossa ideologia é reflexo das estratégias e práticas do que acreditamos e passamos isso para os nossos colaboradores e clientes.”
“Sempre há caminhos e práticas para melhorar”, garantiu Sandro Leal, superintendente de Regulação da Fenasaúde. Ele citou como exemplo a Sunshine act, lei que promove a transparência entre fabricantes entre fabricantes e profissionais da saúde.
Por Fabiane de Sá
Fotos: Leandro Godoi