Na tarde desta terça-feira, os participantes do 1º Congresso Brasileiro de Desospitalização, do IEPAS, divididos em grupos, discutiram os critérios de elegibilidade e regulamentação com o objetivo de levar o tema para o debate com a sociedade civil, as entidades de classe e o Ministério da Saúde. “Como isso, queremos construir uma ferramenta universal para desospitalização segura, com a correta indicação para qual serviço o paciente deve ser encaminhado após sua jornada em uma instituição hospitalar”, explicou Luciano Rodrigues de Oliveira, da LRO Consultoria. Na sua opinião, dessa forma, toda cadeia da saúde irá ganhar com o abandono do modelo hospitalocêntrico. “Teremos a garantia de um sistema seguro e sustentável e o principal beneficiado será o usuário, pois assim o paciente será o centro do cuidado”.
Para Lucas Freire de Andrade, CEO da Clínica Florence, há de se haver critérios para a realização da transição do paciente, que geralmente é de alta complexidade. “Há a necessidade eminente de bons recursos de diagnóstico, seguir um check list para se ter sucesso na desopitalização”, defendeu.
Os desafios para a mudança no modelo de assistência e de cuidado, na visão de Alessandro Mouro, gerente comercial da Pleno Saúde, passa por fatores como dificuldades socioeconômicas do paciente e da família, envelhecimento populacional ausência de cuidador e necessidade de comprometimento dos envolvidos, isso inclui médico, hospital, operadora de plano de saúde e até empresa de home care. “Os critérios para a desospitalização precisam seguir regrar claras, objetivas, que evitem o alto consumo de serviços de urgência, reduza custos, mas que, principalmente, promova a melhoria na qualidade de vida do paciente”, defendeu.
A superintendente de Relacionamento e Gestão Médica da SulAmérica, Hashilla Carolina De Cicco, tem a mesma opinião e acredita que o processo de desospitalização tem de funcionar como uma engrenagem, aliando médico, hospital, equipe multidisciplinar, paciente, família, suporte pós-alta e fonte pagadora. “É preciso garantir a segurança do paciente por meio de excelência e ata performance na gestão do cuidado, reduzindo riscos, conforme um plano de cuidados, para promover sua reabilitação e/ou mais qualidade de vida.”
Por Fabiane de Sá