Porcentual foi de 4,4% para 5,2% entre 2006 e 2011; aumento da obesidade é uma das causas
Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde indica um aumento de casos de diabete entre homens no País. O porcentual passou de 4,4% para 5,2% entre 2006 e 2011. Apesar do crescimento registrado no grupo, os números apresentados pela população feminina ainda são maiores: 6%.
O trabalho, feito por meio de entrevistas telefônicas com população acima de 18 anos nas capitais e no Distrito Federal, indicou que a incidência de diabetes é de 5,6% – um número que se mantém estável ao longo dos últimos seis anos.
A coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Débora Maltha, atribui o aumento de casos no grupo masculino a dois fatores: o crescimento da obesidade e ao maior acesso de homens ao diagnóstico. A diabete está associada ao excesso de peso, sedentarismo e tabagismo e pode levar a problemas cardíacos, vasculares, oculares e renais.
“Nossa meta principal não é reduzir a incidência da doença, mas reduzir a mortalidade associada a ela”, afirmou Débora. A projeção, de acordo com ela, é de aumento no número de casos de diabete entre brasileiros, principalmente por causa do envelhecimento da população.
Idade – O risco aumenta com passar dos anos. O estudo mostra que 0,6% da população de 18 a 24 anos tem diabete. O porcentual vai aumentando até chegar a 21,6% entre a população com 65 anos ou mais.
A mortalidade associada à doença é crescente. Em 2006, eram registradas 24,1 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2010, a relação passou para 28,8. Nesse mesmo ano, foram registradas 148 mil internações relacionadas à doença. “Além do sofrimento, a doença representa um fator importante de pressão nos custos do sistema público de saúde”, disse Débora. Em 2011, foram gastos R$ 87,9 milhões com internações de pacientes.
Internação – Dados preliminares indicam que internações em 2011 tiveram uma discreta queda. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o dado pode estar associado à distribuição gratuita de medicamentos, no programa Aqui tem Farmácia Popular, lançado em 2011.
Assim como outras doenças não transmissíveis, o risco de diabete é maior entre população com menor escolaridade. O trabalho feito mostra que entre a população de 0 a 8 anos de estudo, 7,5% têm o problema. Entre aqueles com 12 anos ou mais, esse indicador cai para 3,7%.
Fonte: O Estado de S. Paulo