Dasa volta ao mercado premium, dominado pelo Fleury

Após uma tentativa mal sucedida com a marca Club DA, que ainda existe em alguns laboratórios, a Dasa, a maior rede de medicina diagnóstica do país, volta a ...

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Após uma tentativa mal sucedida com a marca Club DA, que ainda existe em alguns laboratórios, a Dasa, a maior rede de medicina diagnóstica do país, volta a investir no mercado premium – segmento dominado pelo Fleury. Desta vez, a Dasa investe em unidades sofisticadas, com direito a médicos renomados e manobrista na porta.

A Dasa está gastando cerca de R$ 15 milhões em cada unidade. Já há um laboratório em funcionamento e outros dois serão abertos ainda este ano em São Paulo. A meta é chegar em 2015 com até oito unidades da rede que foi batizada de Alta Excelência Diagnóstica. Nossa expectativa é conquistar 10% de participação no segmento premium nos próximos quatro anos, diz Marcelo Noll Barboza, presidente da Dasa.

Segundo ele, o mercado de medicina diagnóstica voltado para o público premium movimenta cerca R$ 1,4 bilhão, o que representa entre 7% e 8% do total do setor. Com a nossa escala poderemos oferecer preços menores em relação à concorrência. Das 11 operadoras [de plano de saúde] que contactamos, conseguimos credenciar dez. Está ótimo, disse Barboza, sem revelar o plano de saúde que não aceitou o credenciamento. Pode ser a Bradesco Seguros, que tem participação no Fleury.

Líder no segmento de alta renda, o Fleury também está abocanhando uma fatia do mercado dominado pela Dasa. Em dezembro, o Fleury reuniu os 14 laboratórios adquiridos na última década em uma só marca para atuar nas classes B e C.

O anúncio da entrada da Dasa no segmento premium, acontece junto com a divulgação do balanço da companhia. No último trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 18,5 milhões revertendo prejuízo de R$ 29,8 milhões apurado no mesmo período de 2010. Esse resultado negativo em 2010 foi reflexo da recompra de títulos de uma dívida de US$ 250 milhões contraída no mercado internacional em 2008.

Os custos para essa recompra de bônus e integração com a MD1 geraram despesas financeiras no valor de R$ 164 milhões que impactaram o lucro líquido anual que foi de R$ 145 milhões, uma queda de 4% sobre o resultado de 2010. No resultado do ano, já está sendo considerada a fusão com a MD1.

No quarto trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 104,7 milhões, redução de 6% sofre o mesmo trimestre de 2010. A margem Ebitda manteve-se na casa dos 25%. A receita líquida avançou 9,4% e atingiu R$ 528 milhões. No ano, cresceu 11,7%, para R$ 2,2 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

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