Dasa investe R$ 200 mi para acabar com as filas

Neste ano, foco da companhia de medicina diagnóstica é diminuir o tempo de espera em laboratórios da rede como Delboni Auriemo e Lavoisier

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Neste ano, foco da companhia de medicina diagnóstica é diminuir o tempo de espera em laboratórios da rede como Delboni Auriemo e Lavoisier

O grupo de medicina diagnóstica Dasa esteve focado nos últimos anos em adquirir laboratórios de diferentes regiões do país, o que resultou em uma rede formada por 25 empresas.

Desde 2011, no entanto, a mira da companhia saiu das compras e se voltou para a melhoria da qualidade dos laboratórios, movimento que incluiu ações como a compra de equipamentos novos e contratação de dez médicos renomados, por exemplo. Em 2012, a aposta é na diminuição do tempo e melhoria no atendimento, o que deve consumir investimentos de R$ 200 milhões no ano.

Segundo Rafael Romanini, diretor geral do Delboni Auriemo, um dos laboratórios da rede Dasa, as mudanças na gestão do atendimento incluem a integração dos sistemas das diferentes unidades, que não “conversavam” entre si. Agora, nos laboratórios Delboni e Lavoisier, em São Paulo, o software de gerenciamento alerta quando um funcionário falta ao trabalho (quando não acessa o ponto eletrônico) e, com isso, já sugere para a central que transfira outro profissional para a unidade, por exemplo. Com ações deste tipo, o tempo de atendimento, que era de cerca de 16 minutos, caiu 40%, segundo Romanini.

Para Iago Whately, analista do Banco Fator, a aposta na melhoria da qualidade dos laboratórios da Dasa tem se intensificado desde a compra da MD1, em 2010. “Antes disso, de 2009 a 2010, o grupo privilegiou as margens e o retorno do capital, e o crescimento da receita não acompanhou”, afirma. “A qualidade do atendimento estava caindo. A estratégia era boa para os acionistas, mas não para os clientes e médicos”.

Para Whately, resultados da estratégia já devem refletir nos resultados da Dasa do quarto trimestre de 2011, que serão anunciados em 26 de março. A expectativa é que a empresa atinja receita de R$ 561,2 milhões, alta de 51,5% em relação ao mesmo período de 2010. Porém, em 2010 a MD1 não fazia parte do grupo. “O crescimento orgânico deve ser de 6%”, estima.

Quando apresentar as cifras de 2011, a Dasa irá anunciar uma nova estrutura de gestão. Hoje, onze áreas se reportam ao presidente Marcelo Noll Barboza, e esse modelo deve ser alterado, segundo a empresa. Além disso, a Dasa está sem os diretores comercial e financeiro, que saíram neste mês. A Dasa diz que contratou consultores de recursos humanos para encontrar substitutos.

Fonte: Brasil Econômico

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