A poucas semanas da chegada dos médicos formados no exterior, por meio do programa federal Mais Médicos, os conselhos de medicina anunciaram que entrarão com ações para barrar a entrega dos registros profissionais a esses médicos.
“A partir desta quarta-feira (14), os Conselhos Regionais de Medicina ingressarão com ações na Justiça Federal dos Estados para que não sejam obrigados a efetuar o registro provisório dos médicos intercambistas que aderirem ao Mais Médicos, sem a comprovação documental da revalidação dos diplomas e da certificação de proficiência em língua portuguesa”, diz em nota o CFM (Conselho Federal de Medicina).
Esse registro é necessário para que os profissionais que entrarem no país via o Mais Médicos possam trabalhar.
O programa Mais Médicos foi lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff. Um de seus braços é levar médicos brasileiros e estrangeiros para cidades do interior e periferias das grandes cidades.
Entidades médicas criticam a dispensa, no programa, do Revalida, exame federal que tem feito a revalidação dos diplomas de médicos nos últimos anos. No Mais Médicos, o governo dispensou a aprovação no exame –que reprova cerca de 90% dos candidatos– e instituiu uma avaliação, já no Brasil, durante três semanas.
A categoria também critica a dispensa de provas específicas para avaliação do conhecimento em língua portuguesa.
Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (14), 1.618 médicos foram selecionados para a primeira etapa do programa, sendo 358 estrangeiros e 164 brasileiros formados no exterior.
Fonte: Folha de S. Paulo