Nas últimas décadas, a atuação do profissional de contabilidade passou por uma série de transformações. Por conta da tecnologia, esses colaboradores passaram a ter um papel cada vez menos mecânico em suas rotinas, abrindo espaço para que eles pudessem participar mais do processo decisório nas companhias. Porém, nos últimos anos um novo termo veio à tona: a contabilidade colaborativa. Você sabe o que é contabilidade colaborativa?
Buscando uma maior eficiência
Como você já pode presumir, a chamada contabilidade colaborativa envolve um número maior de pessoas ou de fatores se comparada com a contabilidade tradicional. Em linhas gerais, falamos aqui do uso de softwares e de planilhas digitais para tornar o trabalho mais otimizado e ágil, mas não é só isso.
Os processos contábeis no Brasil envolvem pelo menos três pilares: as organizações contábeis (estima-se que hoje exista mais de 60 mil escritórios contábeis no Brasil); as pequenas e médias empresas, companhias estas que muitas vezes não têm condições ou necessidade de manter um contador em tempo integral; e, por fim, o governo.
A grande pergunta que se faz é a seguinte: de que maneira os fluxos de dados podem ser otimizados de tal modo que as três partes envolvidas tenham acesso, em tempo real, a todos os dados dos processos contábeis? Em outras palavras, falamos da necessidade de que todos os participantes dessa equação possam trocar informações entre si com segurança.
1. Investimento em tecnologia
Para que isso seja possível, é preciso primeiramente pensar em sistemas quem independente de sua linguagem, possam ser capazes de dialogar com outros. Nesse aspecto, os serviços de computação em nuvem, por exemplo, começam a ganhar ainda mais espaço no mercado, uma vez que têm um custo mais acessível, podem ser acessados a partir de qualquer lugar e dão confiabilidade para todas as partes envolvidas.
Quando esses três pilares conseguem convergir para um mesmo ponto, ou seja, quando todos têm acesso às mesmas informações em um só lugar, falamos que houve contabilidade colaborativa. Esse modelo vem avançando em alguns setores, mas ainda estamos longe de afirmar que a maioria das tributações seguem um modelo integrado.
2. Diminuindo a carga de trabalho
A partir do momento que você tem um sistema gerenciando todas essas informações, o número de ações mecânicas que os envolvidos no processo precisam fazer se torna menor. Isso não significa, de forma alguma, que o trabalho do contador vai ser substituído por um software, longe disso. Na verdade, nesse caso o contador terá que buscar uma qualificação diferenciada, pois cada vez mais passará do papel de “alimentador de dados” para o papel de “gestor de dados”.
A grande peça-chave dessa equação é a acessibilidade em tempo real aos dados. Dessa forma, qualquer pessoa habilitada, a partir de qualquer ponto, pode checar essas informações, seja para fins fiscais ou de relatório, sem que exista a necessidade de parar um setor para a produção de análises específicas. Novamente, o trabalho do contador passa a ser muito mais o de um analista de informações, dando suporte aos gestores, do que o de um executante de rotinas.
3. Mais oportunidades a cada ano
À medida que o governo passa a automatizar o recebimento de tributos, aumenta a necessidade de que as empresas voltem os seus olhos para essa nova realidade. Assim, o que antes era um detalhe opcional em meio à operação, hoje já pode ser considerado um diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes. E, muito em breve, esses fatores passarão a ser obrigatórios.
Sendo assim, se a sua empresa ainda está longe de fazer parte do mundo digital, a recomendação é que você comece a procurar o quanto antes quais são as soluções de contabilidade colaborativa que o mercado oferece. Os custos para migração para uma operação como essa não são nada proibitivos e os ganhos de produtividade acabam compensando o investimento inicial.
Fonte: Sage