Estudantes do câmpus de Macaé protestam contra infraestrutura inadequada; reitor afirma que haverá melhorias
No momento em que o governo federal planeja ações para ampliar a oferta de médicos no País, alunos do recém-criado curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé, no litoral norte fluminense, protestam contra as condições do curso. Desde o início da semana eles estão em greve por tempo indeterminado.
Na terça-feira, cerca de 120 alunos estiveram na reitoria, na Ilha do Fundão, para manifestar a insatisfação com as atuais condições de ensino oferecidas no câmpus. Ontem, 40 estudantes permaneciam em frente ao Hospital Universitário da UFRJ e os que retornaram à cidade iniciariam um protesto em frente à Câmara Municipal de Macaé.
Os problemas enfrentados no câmpus de Macaé já foram objeto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em junho entre a UFRJ e o Ministério Público Federal (MPF) para resolver deficiências estruturais, como a falta de professores e de equipamentos. Entre as obrigações firmadas no TAC estava a implementação de “um projeto de adequação de espaços, como o laboratório de preparação de peças anatômicas, para fornecimento e manutenção permanente de acervo”.
Programa – Criado em 2007 como parte do Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ, o curso começou há três anos e tem 159 alunos, mas não possui infraestrutura necessária para a integral realização das atividades inerentes ao curso, segundo carta dos alunos.
“Algumas dificuldades ainda persistem e a universidade está adotando estratégias para garantir a sua superação”, afirmou o reitor da UFRJ, Carlos Antônio Levi, em nota.
Fonte: O Estado de S. Paulo