Cerca de 400 funcionários que atuam na cidade pedem reajuste salarial e benefícios
Uma manifestação dos funcionários estaduais da saúde foi iniciada na manhã desta quarta-feira (21) em frente ao Hospital Estadual de Presidente Prudente. De acordo com o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde (SindSaúde), Agenor Carvalho do Nascimento, 400 funcionários aderiram ao movimento, que deve durar até sexta-feira (23) sem interromper o trabalho.
Os SindSaúde pede o reajuste salarial de 26% e aumento do ticket de R$ 4 para R$ 25, que, segundo a delegada sindical de base, Maria de Fática do Nascimento Rocha, está congelado há 12 anos. Eles pedem ainda o regulamento da jornada de trabalho de 30 horas semanais, já que alguns funcionários, como motoristas e auxiliares gerais, fazem 40 horas semanais.
A categoria reivindica também aumento no prêmio de incentivo. “Os diretores, por exemplo, recebem R$ 5 mil, e os auxiliares de enfermagem, R$180”, diz o diretor do sindicato.
Ele cita ainda a falta de funcionários. “O aparelho de mamografia está sem operador porque não querem pagar, não abre concurso”, diz. Por esse motivo, a abertura do concurso público é outro pedido.
Sobre esse assunto, Agenor ainda compara a carga horária dos novos funcionários com a dos servidores antigos. “Os que entram têm seus horários regulamentados, os antigos não. Em São Paulo, por exemplo, 95% dos trabalhadores fizeram acordo. Se trabalham mais, ganham mais”.
Por isso, os servidores estaduais cobram também a gestão pública municipal. “Pedimos uma gratificação e por isso recorremos ao município. Os funcionários de Martinópolis, por exemplo, recebem uma gratificação”.
Sobre isso, o secretário de Administração da Prefeitura, Alberico Bezerra de Lima, diz não ter conhecimento. “Os funcionários são do Estado, por enquanto estamos cuidando dos problemas dos nossos funcionários”.
Os servidores estaduais se revezam enquanto a decisão da paralisação geral não sai. “Haverá uma assembleia em São Paulo na sexta-feira [26], com a presença de delegados, ativistas e funcionários estaduais da saúde. Se possível, vamos tomar a decisão de paralisar geral”, diz Agenor. Caso a paralisação aconteça, o diretor regional conta que será no mês de abril.
O departamento administrativo e enfermeiros supervisores não participam do manifesto. A maioria dos funcionários é auxiliar de enfermagem e alguns médicos também aderiram.
Fonte: ifronteira.com