Pesquisa para detecção precoce de surtos epiléticos vence primeiro Prêmio Empreenda Saúde

Projeto eleito entre os cinco finalistas foi premiado com R$ 50 mil, que deve ser aplicado no desenvolvimento do trabalho

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O Hospital Sírio-Libanês e a Everis, multinacional de consultoria de negócios e tecnologia, anunciaram na noite de 5/11, o vencedor da primeira edição do Prêmio Empreenda Saúde.
 
O grupo de empreendedores liderados por Paula Renata Cerdeira Gomez, de São Paulo, foi o vencedor do concurso com o trabalho na área de Detecção antecipada de surtos epiléticos. Os pesquisadores desenvolveram um algoritmo capaz de detectar surtos epilépticos com antecedência média de 25 minutos.
 
Esse achado permitirá, agora, o desenvolvimento de um dispositivo composto por um sensor implantável no próprio paciente, interligado a um celular ou outro werable, que avisará a própria pessoa, o acompanhante ou familiar, sobre a iminência do surto. Um outro dispositivo semelhante, de uso hospitalar, também está previsto, para alertar a equipe médica, em caso do indivíduo estar internado.
O projeto vencedor do Prêmio Empreenda Saúde recebeu a quantia de R$ 50 mil, que deve ser investida no desenvolvimento do próprio trabalho. Também contará com o acompanhamento de profissionais especializados da everis e do Hospital Sírio-Libanês, que prestarão um serviço de consultoria e apoio ao empreendedor do projeto ganhador.
 
“Estamos contribuindo para incentivar a inovação e o empreendedorismo, com foco específico na área da saúde. Precisamos cada vez mais identificar boas iniciativas, que podem ajudar a melhorar a vida de pacientes e aprimorar os processos hoje adotados. A qualidade e o potencial dos projetos apresentados mostram que promover o acesso desses trabalhos ao mercado tem grande potencial para beneficiar todos os envolvidos”, afirma Paulo Chapchap, superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês.
 
“Apoiar iniciativas inovadoras como o Prêmio Empreenda Saúde é muito importante para nós da Fundação everis. Buscamos fomentar o desenvolvimento de novos talentos por meio de incentivos das boas práticas, além de estimular o espírito inventivo e de superação entre futuros empreendedores, nas mais variadas áreas, seja na área de saúde, tecnologia ou desenvolvimento. Deste modo, estaremos estimulando o surgimento de novos talentos que trarão grandes contribuições não só ao país, como também ao mundo”, afirma o presidente da Fundação everis Eugenio Galdón.
 
A importância do trabalho vencedor
A epilepsia é a mais comum dentre as doenças cerebrais sérias. Cerca de 65 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença e, a cada ano, ocorrem 2 milhões de novos casos. Existem alguns equipamentos que avisam no momento em que o surto já está em andamento, fazendo com que terceiros possam ajudar o paciente.
 
“Um paciente portador de epilepsia não tem hoje como saber com antecedência quando terá seu próximo surto. Isso faz com que suas atividades sejam restringidas”, explica Paula Renata. “O dispositivo pode auxiliar o paciente a fazer atividades que muitas vezes deixa de fazer, como andar de bicicleta, e até mesmo tomar algum medicamento se houver indicação. Além disso, terceiros não precisam mais estar tão alertas o tempo todo.”
 
Ao todo, o Prêmio Empreenda Saúde recebeu a inscrição de 94 projetos de todo o Brasil. Os trabalhos foram avaliados por um corpo de jurados que reuniu 15 grandes representantes das áreas de ensino, pesquisa, inovação e empresários dos mais diversos âmbitos da saúde no Brasil.
 
A análise dos projetos levou em conta os critérios de aplicabilidade (relevância do problema), inovação, e nível de contribuição para melhoria do sistema de saúde (tamanho da população beneficiada). Os outros quatro finalistas foram:
• Elyr Teixeira de Almeida Alves, do Rio de Janeiro, com Redução de infecções hospitalares transmitidas por mãos: um crachá eletrônico que “avisa” o profissional de saúde, por meio de LEDs e som, quando ele se esquece de higienizar as mãos, reduzindo os riscos de infecções hospitalares;
• Marcelo Victor Pires de Sousa, de São Paulo, com Fotomedicina – Validação por ensaios clínicos de tecnologia disruptiva para tratar dor crônica usando luz de "High-power LED": curativo portátil e flexível que utiliza luz de LED para reduzir e bloquear a dor, sem queimaduras e efeitos colaterais;
• Gabriel Massote Pereira, de Uberlândia, com Salve mais um: rede social exclusiva para doações de sangue e medula, unindo doadores e receptores;
• Paulo André Lima Pequeno, de Fortaleza, com Mais Leitos: aplicativo que permite ao corpo clínico e gestores de hospitais terem acesso a informações sobre internações em tempo real, associadas ao planejamento do paciente, auxiliando na gestão de leitos hospitalares.
 

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