A estrutura de saúde montada para a Copa do Mundo de 2014 não necessitou de verba específica do governo federal, mas de uma reorganização dos investimentos, que estavam previstos. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante uma conferência sobre saúde médica para a Copa do Mundo, organizada pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), em um hotel da zona sul paulistana.
De acordo com o ministério, 10 mil profissionais da área de saúde foram capacitados para a Copa. As 12 cidades-sede contarão com 531 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, 66 unidades de Pronto-Atendimento e 67 hospitais que funcionarão de forma integrada. Além da estrutura para atender os torcedores, o ministério informou ter criado planos de contingência para atender acidentes com múltiplas vítimas.
Chioro disse que o número de atendimentos médicos durante a Copa do Mundo não deve alterar a rotina dos hospitais e unidades de saúde porque a expectativa é que de 1% a 2% de torcedores necessitem de algum cuidado médico, sendo que 99% da demanda costumam ser atendidos no próprio estádio.
Nas arenas e intermediações (até 2 quilômetros de distância), a Fifa será a responsável pelos atendimentos de emergência de jogadores e torcedores. Segundo a federação, o número de postos de atendimento vai variar de acordo com a capacidade de cada estádio, cumprindo a legislação brasileira e as normas internacionais de segurança.
O diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, anunciou que os jogos da Copa disputados em dias e horários de muito calor sofrerão paradas técnicas, para que os jogadores descansem e sejam hidratados. Segundo ele, a quantidade de paradas técnicas será decidida uma hora antes de cada jogo. A grande preocupação é com sete jogos, principalmente os marcados para as 13h.