Hospitais lançam campanha contra tríplice epidemia do Aedes aegypti

A FEHOESP (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) está lançando ampla campanha junto aos seus 47 mil servi&cc

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A FEHOESP (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) está lançando ampla campanha junto aos seus 47 mil serviços de saúde privados para identificação, diagnóstico e controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya . Ao mesmo tempo, a campanha visa atingir a população para a prevenção das doenças e alertar para que se evite a automedicação no caso do aparecimento de sintomas.
 
Nessa primeira fase, o site da FEHOESP e seu canal no Youtube trazem as orientações em vídeo da Dra. Ana Freitas Ribeiro, médica epidemiologista do Hospital Emílio Ribas.   
 
A campanha da Fehoesp pretende deflagar, periodicamente, depoimentos de especialistas que discorram sobre as epidemias e orientem os serviços de saúde e a população.
               
“Com a proximidade do verão, novos perfis epidemiológicos das doenças podem aparecer e os serviços de saúde devem estar preparados para o atendimento rápido e seguro dos eventuais infectados”, destaca o presidente da Fehoesp, Yussif Ali Mere Júnior.  Segundo ele, a melhor forma de controle das doenças epidêmicas  é a preparação da equipe médica e paramédica para diagnóstico imediato das doenças, já na porta de entrada do sistema de saúde.
 
As semelhanças entre os vírus da chikungunya, zika e dengue e de alguns dos seus sintomas dificultam a criação de testes precisos e podem causar confusões quando o diagnóstico é feito somente por avaliação clínica, prática comum em períodos epidêmicos. “Daí a necessidade do esclarecimento aos hospitais, médicos e paramédicos. Os depoimentos de especialistas e a divulgação do guia de manejo clínico das doenças do Ministério da Saúde podem ajudar os profissionais na fase diagnóstica”, avalia Mere Jr.
 
Com o diagnóstico confirmado, seja de dengue, zika ou chikungunya, o estabelecimento de saúde também está orientado a notificar a ocorrência da doença às autoridades sanitárias. Esses dados estatísticos são fundamentais para que o Ministério da Saúde  possa mapear e planejar o combate às doenças nas várias regiões do país.
 
A campanha de orientação aos serviços de saúde pretende agilizar a identificação, tratamento e controle das doenças, já que boa parte da população não recorre ao SUS, mas aos hospitais privados por meio de seus planos de saúde. Para Ali Mere Júnior, torna-se imprescindível a integração dos serviços públicos e privados para que o controle da doença seja possível. “De nada adianta preparar o serviço público de saúde se 55% dos atendimentos médico-hospitalares na cidade de São Paulo, por exemplo, são realizados pela rede privada. Se houver integração desses dois tipos de atendimento no diagnóstico e identificação das doenças epidêmicas, o controle pelas autoridades sanitárias será, com certeza, mais eficiente“, destaca. 
          
Há três vírus circulando no país e não se sabe exatamente o impacto disso. “Esse é um problema de saúde pública dramático. Precisamos combater o vetor de forma emergencial, mas temos que pensar em saneamento básico, mais áreas verdes e cidades menos impermeabilizadas",observa.
 
Chikungunya: terror do próximo verão
          
O Ministério de Saúde alertou que o pior problema do próximo verão deve ser a chikungunya, que já mostra seu poder de disseminação antes mesmo da chegada da estação. A doença está presente em dois de cada cinco municípios brasileiros e, só neste ano, já provocou 138 mortes. De 38,3 mil casos, atingindo 696 cidades em 2015, passou a 251 mil  e 2.281 cidades em 2016.
Na avaliação do presidente da Fehoesp, é uma doença que pode causar incapacidade e tem deixado adultos e idosos com dores graves crônicas, o que sobrecarrega ainda mais os sistema de saúde e da previdência, já que tem causado inúmeros afastamentos.
 
 

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