Cema completa 40 anos

Hospital é referência em oftalmologia e otorrinolaringologia e planeja expansão

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A rotina é parecida: retira senha, aguarda a vez, abre ficha, passa em triagem, depois, atendimento médico, medicação, se necessário, e alta. Vendo dessa forma parece que hospitais são todos iguais, lugares frios e assépticos, ambiente que ninguém gosta de visitar. No entanto, uma visita ao bairro da Mooca, mais precisamente à Rua do Oratório, 1.369, mostra que exercer a empatia pode fazer toda a diferença no tratamento médico. "Aqui buscamos sempre atender o pai como se fosse o nosso pai, o filho como se fosse o nosso filho, e assim por diante", sintetiza o acionista do Grupo Cema, Roberto Aquino. "Eu não tenho queixas daqui. Em cinco anos, fiz três cirurgias, todas aqui, e sempre fui muito bem atendida", defende Adelaide Urcioli, paciente do hospital.
 
A ideia de fazer um hospital especializado em otorrinolaringologia e oftalmologia na cidade de São Paulo veio da mente visionária de Ângelo Aquino, funcionário da Sousa Cruz, na década de 70. De uma clínica pequenininha e de um sonho de tornar os filhos médicos nasceu aquele que é hoje o hospital referência nas duas especialidades, e o único com pronto-socorro 24 horas por dia, sete dias na semana.  O sonho de Aquino e de sua esposa, Francisca Barreta Aquino, foi tão bem realizado que os três filhos e oito netos formaram-se e atuam na área. E esse ar familiar é aparente para quem visita o hospital.
 
Um busto de Aquino e quadros do patriarca nas paredes do hospital dão pistas da gratidão que os filhos têm por ele e pela mãe. "Ela e meu pai são os grandes responsáveis por tudo isso aqui", afirma o acionista do Cema, Guido Aquino, com quem concorda o também acionista, Antônio Aquino. Para eles, os pais são símbolos importantes da história de sucesso dessa empresa familiar, que completa 40 anos este mês. 
 
Na contabilidade de casos mensais, os números são bem expressivos. Todo mês, passam pelos consultórios do Hospital 90.000 pessoas. Por meio do programa de Residência Médica, oferecido há duas décadas pela instituição, formaram-se 269 oftalmologistas e 216 otorrinolaringologistas. O Instituto Cema, braço social do Hospital, já implantou, até o momento, 23 mil aparelhos. Atender também a população carente sempre foi uma prerrogativa dos Aquino. Uma bem-sucedida parceria com o SUS – que já dura 20 anos – garante atendimento para 40.000 pessoas por mês em consultas e procedimentos para as doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta. 
 
A família Aquino, conhecida de grande parte de quem vive na Mooca, recebe agradecimentos diários de pacientes do Cema. São cumprimentos pessoais, cartas e e-mails recebidos nas dependências do prédio. A excelência no atendimento especializado é marca do hospital: dentro das especialidades de oftalmologia e otorrinolaringologia há diversas subespecialidades, o que possibilita, por exemplo, que um médico em atendimento geral que suspeite de um glaucoma consulte o colega ao lado (e isso é comum), especializado em glaucoma, para perguntar a respeito. Sem burocracias desnecessárias, pensando sempre no paciente, em primeiro lugar. 
 
Além do trabalho diário no pronto-socorro e dos procedimentos realizados, o Hospital Cema faz também, constantemente, campanhas de prevenção para a população em geral, check-up ocular em jogadores dos mais variados clubes de futebol, mesmo a quase totalidade da família e da diretoria da instituição serem fervorosos torcedores do Corinthians, e participa de parcerias com as Secretarias de Saúde em programas importantes como Visão do Futuro, Projeto Catarata, Campanha Nacional de Reabilitação Visual, entre outros. 
 
A boa notícia para quem reside longe da Mooca é que o Cema conta com cinco centros ambulatoriais espalhados pela cidade: Shoppings Aricanduva, Eldorado, Interlagos, Tucuruvi e no bairro de Santana. O município vizinho de São Bernardo do Campo terá a próxima unidade ambulatorial do grupo, mas outras estão por vir. "A ideia é cobrir todas as regiões de São Paulo", diz o diretor executivo do Hospital, Luiz Carlos Lazarini. Afinal de contas, o que começou seguindo a premissa da empatia, só podia mesmo conquistar toda a cidade. 
 

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