Foi publicada uma portaria do Ministério da Saúde que amplia o atendimento à pessoa com doença renal crônica. O problema se caracteriza pelo mau funcionamento dos rins. Hoje, o atendimento é realizado em Serviços de Nefrologia.
Presentes em unidades de saúde ou hospitais, esses serviços atendem usuários do SUS dependentes da realização de diálise, processo de filtragem do sangue feito quando os rins param de funcionar.
O coordenador de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, explica as complicações que sofrem as pessoas com doença renal crônica.
— O paciente para de urinar. Acontecem algumas outras alterações, como o acumulo de líquido. Esse líquido causa o inchaço, que acontece na pele ou em outros órgãos do corpo. Com a disfunção dos rins, o cálcio também causa problema no processo ósseo. Então pode ocorrer fraturas, mineralização óssea e outras alterações neurológicas, por exemplo. O paciente pode ter letargia, lentidão, náusea, vômito, entre outros efeitos.
Com a nova portaria do Ministério da Saúde, a população que sofre de complicações vai poder realizar a diálise e também contar com os serviços das Unidades Especializadas em Doenças Renais Crônicas. As unidades podem ser instaladas em um ambulatório ou consultório e vão oferecer acompanhamento com equipes formadas por médico nefrologista, psicólogo, assistente social e nutricionista.
Atualmente, o país tem cerca de 90 mil pacientes com doença renal crônica em tratamento.