Prestar um atendimento de qualidade com base na experiência do paciente é uma realidade que todas as instituições de saúde pretendem alcançar. E a tecnologia pode contribuir para aumentar o acesso à assistência médica, melhorar a adesão aos tratamentos e proporcionar ao usuário autonomia sobre sua saúde e mais qualidade de vida.
Esta foi análise dos especialistas que participaram do debate promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos (Abimed), na tarde desta terça-feira (22), na 26ª Hospitalar.
“A tecnologia é perecível e as necessidades do paciente são perenes. Por isso, a tecnologia só faz sentido quando é integrada à jornada do paciente de forma que a torne mais fluida”, afirmou Scott Whitaker, CEO da AdvaMed, de Washington (EUA).
“Normalmente os pacientes ficam mais satisfeitos quando se sentem participantes ativos no atendimento, recebendo mais informações sobre o seu diagnóstico e o acesso ao tratamento e aos remédios”, comentou Lívia Cunha, fundadora da Cuco Health – startup responsável pelo desenvolvimento de um aplicativo para ajudar os pacientes na adesão ao tratamento.
Para o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, a tecnologia tem de estar integrada ao paciente, ser capaz de personalizar sua experiência do paciente. “Nos últimos anos, hospitais têm se tornado cada vez mais adaptativos e inovadores, investindo em tecnologias e contribuindo para a eficiência dos procedimentos médicos. Estes recursos agregam valor ao paciente, melhoram o desempenho dos serviços de saúde e trazem impacto positivo para o desenvolvimento econômico do setor”, afirmou, reiterando que o futuro é a mudança no modelo atual hospitalocêntrico para assistência personalizada fora do hospital. “A inovação tecnológica vai proporcionar uma mudança nos papéis do médico e do paciente, e o hospital será para atendimentos de alta complexidade. Essa é a próxima fronteira que iremos cruzar.”
Por Fabiane de Sá