Os usuários da saúde não dispõem de informações sobre os indicadores de qualidade de cada prestador. Essa foi a principal discussão do painel "Transparência de Dados", do 4o Fórum A Saúde do Brasil, realizado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Para Sérgio Ricardo Santos, presidente da Amil, uma das opções para mudar o cenário atual seria as operadoras definirem, no ato de assinatura do contrato com o prestador, quais indicadores serão divulgados aos beneficiários do plano.
"A sustentabilidade do setor depende de uma concorrência saudável, que aponte quem tem os melhores indicadores. Sem essas informações, fica desleal", explicou.
Mauro Aranha, presidente do Cremesp, afirmou que a transparência deve começar do poder público. "Começa pelo próprio Ministério da Saúde que, por exemplo, está realizando a idealização dos planos de saúde populares sem a participação da sociedade". O Cremesp fará, em 28 de março, um debate com órgãos de defesa do consumidor sobre o assunto.
Segundo Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed, um outro meio de trazer a transparência no setor é ouvir mais de uma opinião médica. "Evitamos desperdícios e encontramos qualidade".
Por Rebeca Salgado
Foto: Leandro Godoi