Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury celebra dez anos

Os desafios da saúde suplementar nortearam os debates

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Em 27 de junho, na capital paulista, SINDHOSP e Grupo Fleury promoveram a décima edição de seu seminário. Realizado desde 2007, o evento foi criado para reunir a cadeia produtiva e debater seus desafios. Desde então, muitos avanços se seguiram, bem como novos desafios surgiram. 

Na data, além de dar espaço para a Agência Nacional de Saúde Suplementar mostrar uma retrospectiva do que foi feito nos últimos anos para promover melhorias ao setor, o SINDHOSP apresentou sua pesquisa anual sobre contratualização. O estudo, realizado há três anos, busca saber como está a aplicação da Lei 13.003/14 entre os prestadores de serviços de saúde. 

Com 22 questões relacionadas a contratos, reajustes e relacionamento, a pesquisa foi realizada com 127 prestadores, sendo 25 hospitais, dois hospitais-dia, 45 clínicas, 19 consultórios e 36 SADT. O período de coleta de dados deu-se entre 3 de abril e 15 de maio de 2017. 

De maneira resumida, os resultados mostraram que 16% ainda não possui contrato escrito, 84% não negociaram no período, 73% não se beneficiaram com o fator de qualidade e 63% ainda temem o descredenciamento. O dado positivo é que, em comparação a 2016, os prestadores de serviços acreditam que a lei ajudou a sensibilizar as operadoras para a abertura de negociação dos contratos. Ano passado, 73% afirmou não ter havido abertura para negociar cláusulas. Já em 2017, 63% afirmaram que houve abertura para contestação e negociação de itens dos contratos.

Para Marcelo Gratão, CEO FEHOESP/SINDHOSP/IEPAS, que apresentou os números no seminário, alguns avanços podem ser apontados ao longo dos anos, levando ao entendimento de que a lei foi benéfica para o setor. “Mas ainda temos bastante a avançar. Estamos atentos a este tema, participamos das reuniões de câmaras técnicas, ouvimos bastante nossos representados e elaboramos, em 2016, uma cartilha orientadora”, afirmou.

Ainda na abertura do evento, o presidente da FEHOESP  e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, comentou sobre a realidade atual do setor e a necessidade de mudança do modelo. “A assistência hospitalar representa em torno de 30% a 32% dos custos da saúde no mundo inteiro. Precisamos de um novo modelo de remuneração, mas para isso é preciso repensar o modelo assistencial. É uma situação muito complexa, que exige debates e também aplicação prática. Muitos hospitais e operadoras já praticam novas formas de remuneração, mas não há uma única solução, uma forma que será resolutiva para todos”.
Para Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury, o Seminário contribui para estimular um trabalho coeso, em conjunto, com o intuito de compreender como aproveitar todos os dados e informações disponíveis. “Temos que combater o mau uso do sistema de saúde com gestão eficiente. A gente já vive muito melhor do que nas últimas décadas e, certamente, quanto melhor o uso dos recursos disponíveis, mais resultados como expectativa e qualidade de vida teremos”.

Participaram ainda a diretora de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Karla Coelho; a diretora adjunta da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da agência, Michelle Mello; o presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANHAP), Francisco Balestrin; a presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Claudia Cohn; o superintendente de Regulação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Sandro Leal;  e o gerente de Relações Institucionais do Grupo Fleury, Wilson Shcolnik.
A diretora da ANS de 2014v a maio de 2017, Martha Oliveira, recebeu uma homenagem das entidades parceiras do evento. 

Além das entidades já citadas, o evento teve apoio institucional da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde (Abimed), Coalizão Saúde, Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Confederação Nacional de Saúde (CNS), Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPCML).

Confira a cobertura completa da Revista FEHOESP 360 – edição agosto.

 

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