O Ministério da Saúde terá um novo organograma, que será publicado até 15 de março no Diário Oficial da União. Serão criadas a Secretaria Nacional de Atenção Primária, a Secretaria Nacional de Tecnologias de Informação e a Diretoria de Integridade, esta última em parceria com outras instâncias governamentais com o objetivo de coibir fraudes e eventuais desvios.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no dia 11 de março, na Capital paulista, durante almoço do Lide (grupo de Líderes Empresariais). O presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, e o vice-presidente do SINDHOSP e diretor da Federação, Luiz Fernando Ferrari Neto e George Schahin, diretor do Sindicato participaram do encontro.
Da esq. para a dir.: Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP; Reinaldo Scheibe, presidente da Abramge; George Schahin, diretor do Sindicato e Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do SINDHOSP
Mandetta reconheceu que o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser revisto. “Durante o governo Collor, 30% do orçamento da Seguridade Social era destinado para a Saúde. Hoje, esse montante seria de aproximadamente R$ 280 bilhões, mas o orçamento do Ministério para 2019 é de R$ 130 bi, ou seja, o setor perdeu R$ 150 bilhões em investimentos durante esses anos. Atualmente, os municípios são os entes mais sobrecarregados no financiamento da saúde, mas podemos e devemos discutir o papel da União no financiamento do setor quando o Congresso estiver analisando o orçamento do próximo ano”, adiantou o ministro, reconhecendo que o Brasil ainda não encontrou a fórmula ideal para o financiamento da saúde.
A criação de distritos sanitários e a implantação do prontuário eletrônico são outras medidas que serão adotadas durante a gestão de Mandetta. “O Ministério se prepara para redesenhar o mapa assistencial no país. As unidades de saúde, sejam públicas ou privadas, precisam se conversar”, defendeu.
Yussif Ali Mere Jr analisou como positiva e importante a agenda apresentada pelo ministro. “O setor precisa crescer, cabe ao governo proporcionar um ambiente de negócios que dê segurança para a iniciativa privada investir. E o ministro tem um excelente diagnóstico dos problemas da saúde e mostrou muita determinação. Estamos otimistas”, finalizou o presidente do SINDHOSP.
Por Ana Paula Barbulho