Entre as operadoras odontológicas, apenas 5% entraram na melhor faixa; índice diz respeito ao ano passado
Apenas 46 (4%) das 1.103 operadoras médico-hospitalares avaliadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2010 atingiram o índice que indica melhor desempenho. O Relatório do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar mostra que 249 empresas (23%) ficaram na última das cinco faixas de avaliação. A escala varia de 0 a 1. Quanto mais perto de zero, pior.
Nas faixas intermediárias, a de 0,20 a 0,39 concentrou 188 operadoras (17%); a de 0,40 a 0,59 recebeu 306 empresas (28%); e a de 0,60 a 0,79 ficou com 314 (28%).
O coordenador do programa, João Matos, destacou que 71,1% dos clientes de planos de saúde estavam em operadoras cuja nota foi igual ou maior que 0,5 no ano passado – em 2009, o mesmo índice havia sido de 72,9%.
“Temos 41 milhões de pessoas em operadoras com índice maior do que 0,5, ou seja, bem qualificadas. O porcentual teve uma pequena redução, mas o número absoluto de beneficiários aumentou”, disse. Em 2010, o conjunto de planos reunia 58 milhões de pessoas. Segundo Matos, o objetivo da divulgação é “a melhoria do serviço”.
O porcentual de empresas nas duas faixas mais altas passou de 11% em 2007 para 32% em 2010 e houve queda do porcentual de operadoras na mais baixa: de 32% para 23%. No período, o porcentual de beneficiários nas melhores faixas passou de 19% (2007) para 56% (2010). A lista com os nomes das operadoras está disponível no site ans.gov.br.
No caso das 414 operadoras exclusivamente odontológicas, apenas 22 (5%) ficaram na faixa de melhor desempenho. Segundo a ANS, houve crescimento do porcentual de empresas nas duas melhores faixas (de 13% em 2007 para 29% em 2010) e queda do porcentual daquelas colocadas na faixa mais baixa, de 40% em 2007 para 32% em 2010.
O índice é obtido a partir da média de avaliações em quatro dimensões: atenção à saúde, estrutura e operação, econômico-financeira e satisfação dos beneficiários. Para o ciclo de 2011, a ANS montou uma Câmara Técnica para avaliações dos novos indicadores e pesos das dimensões, que estão em consulta pública.
Fonte: O Estado de S. Paulo