Preço de remédios genéricos varia até 951% nas farmácias

Levantamento feito pelo Procon demonstra que há grande concorrência e consumidor pode ter bom desconto Pesquisa elaborada pela Fundaç

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Levantamento feito pelo Procon demonstra que há grande concorrência e consumidor pode ter bom desconto

Pesquisa elaborada pela Fundação Procon, em São Paulo, mostrou que os preços de remédios genéricos variam até 951% nas farmácias. O levantamento foi feito em 15 estabelecimentos de todas as regiões da cidade.

Todos os medicamentos possuem um preço máximo de venda, definido no início do ano pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), vinculada ao governo federal. Assim, os valores encontrados são em decorrência dos descontos aplicados pelas farmácias.

O medicamento diclofenaco sódico, por exemplo, foi encontrado à venda por R$ 9,36 em uma farmácia e por R$ 0,89 em outra – uma diferença de R$ 8,47.

O captopril foi encontrado por R$ 8,05 e por R$ 1,99. Já o preço do paracetamol genérico variou entre R$ 0,84 e R$ 6,51.

Segundo Valéria Rodrigues, diretora de estudos e pesquisas do Procon, é a segunda vez que a fundação faz esse tipo de levantamento nas drogarias. E, como a pesquisa avalia os descontos, não há como comparar a variação com o ano anterior.

“Os descontos variam com o momento de cada drogaria e com a estratégia que elas adotam. Mas uma coisa é certa: vimos que tem muita gordura para ser queimada. Se o consumidor pedir desconto, a farmácia pode vender por um preço bem menor”, diz Valéria.

Concorrência – Para Luciano Lobo, coordenador técnico administrativo da Pró Genéricos (que reúne as indústrias fabricantes dessa classe de medicamentos no Brasil), os resultados da pesquisa estão de acordo com a finalidade dos genéricos. “A finalidade é aumentar a concorrência entre as empresas, diminuir o preço e aumentar o acesso aos remédios.”

Segundo Lobo, a maioria desses medicamentos possui entre 15 e 20 laboratórios fornecedores, o que faz aumentar a concorrência entre eles. “Isso demonstra um equilíbrio do mercado. E quem ganha é o consumidor, que paga menos. A dica é gastar sola de sapato e pesquisar antes de comprar”, orienta.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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