A expectativa de vida das pessoas que têm HIV aumentou 15 anos entre 1996 e 2008, graças em grande parte ao diagnóstico precoce e tratamento com melhores drogas, menos tóxicas, disseram cientistas do Reino Unido.
Enquanto a expectativa de vida dos pacientes com HIV ainda é menor do que na população em geral, o progresso dramático na redução dos efeitos colaterais das drogas (oferecidas como coquetel de medicamentos) e o início do tratamento mais cedo ajudaram a transformar o HIV em uma doença crônica com um bom prognóstico.
Em um estudo publicado na revista científica “British Medical Journal”, os pesquisadores acrescentaram que a média de vida de pacientes soropositivos deve aumentar ainda mais no futuro.
“Esses resultados são reconfortantes para os pacientes atuais e serão usados para aconselhar os que recentemente descobriram ser soropositivos”, disse Mark Gompels, do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, que é coautor do estudo. Os cientistas analisaram dados de pacientes com idade acima de 20 anos que iniciaram o tratamento com pelo menos três drogas anti-HIV entre 1996 e 2008.
A análise mostrou que a expectativa de vida dos infectados com HIV aumentou de 30 anos para quase 46 anos (contando esse tempo como anos adicionais de vida para pessoas com 20 anos quando foram diagnosticadas) entre os períodos de 1996 a 1999 e 2006 a 2008.
Os resultados mostram que a expectativa de vida para mulheres tratadas com o coquetel no Reino Unido é 10 anos maior que a de homens. O estudo serve como “um apelo urgente” para conscientizar pacientes e profissionais de saúde sobre a eficácia do tratamento do HIV, especialmente se iniciado cedo, dizem os pesquisadores. Segundo eles, novos aumentos da longevidade dos pacientes devem ocorrer.
Fonte: Folha de S. Paulo