O tíquete médio (receita líquida por saída hospitalar) caiu quase 10% -de R$ 10,9 mil nos primeiros seis meses de 2014 para R$ 9,9 mil neste ano, segundo a Anahp (associação do setor).
O impacto da crise no mercado de trabalho, e consequentemente nos profissionais que têm planos de saúde, é uma das explicações.
É comum, em períodos de demissão ou incerteza no emprego, que beneficiários de seguros antecipem exames e procedimentos que poderiam esperar, diz a entidade.
“Com isso, há uma manutenção da taxa de ocupação [dos hospitais], mas, muitas vezes, com procedimentos menos complexos”, afirma Francisco Balestrin, presidente do conselho da Anahp.
A queda de receita por paciente é um agravante em um momento de aumento de despesas, como as de folha de pagamento e energia, de acordo com o executivo.
Outro reflexo da instabilidade será a redução dos aportes. Antes da crise, o setor projetava a necessidade de 13 mil novos leitos para acompanhar a evolução da demanda.
“Agora, está todo mundo repensando os investimentos”, diz Balestrin, que em outubro será designado futuro presidente da Federação Internacional de Hospitais.
Fonte: Folha de S. Paulo