O laboratório Genzyme divulgou nota em que contesta a acusação de prática de concorrência desleal na venda do remédio Renagel, para insuficiência renal.
Conforme o Estado publicou anteontem, a farmacêutica, ao lado das empresas Lundbeck e Eli Lilly, é alvo de processos abertos pela Secretaria de Direito Econômico. A suspeita é de que as empresas tenham ingressado sistematicamente com ações na Justiça para retardar a venda de medicamentos concorrentes.
Caso sejam condenadas, poderão receber multa de até 30% do seu faturamento ou no valor equivalente ao dano causado.
Fabricante do antidepressivo Lexapro, a Lundbeck afirmou não ter ingressado com ações judiciais de forma abusiva.
A Eli Lilly do Brasil, produtora do Gemzar, para câncer, disse adotar uma postura de respeito à legislação, que inclui o direito à confidencialidade dos dados de pesquisa. Tanto a Eli Lilly quanto a Lundbeck ingressaram com ações na Justiça reivindicando confidencialidade de dados apresentados no momento do registro de seus medicamentos.
A suspeita da secretaria é de que tal estratégia impede que dados usados na pesquisa sejam adotados por outras empresas, na hora do registro das versões genéricas das drogas.
Fonte: O Estado de S. Paulo