Brasil e Cuba fazem parceria para produzir remédios

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assina hoje, em Havana, um acordo de transferência de tecnologia que vai permitir que o Brasil produza, distribua no SUS e exporte ...

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Ministro da Saúde assina acordo hoje em Havana para que o país produza e distribua droga para diabetes com tecnologia cubana

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assina hoje, em Havana, um acordo de transferência de tecnologia que vai permitir que o Brasil produza, distribua no SUS e exporte o medicamento Heberprot-B, que reduz pela metade a amputação de membros inferiores em diabéticos.

O remédio evita e combate as úlceras nos pés, comuns nos pacientes que têm a doença, e será produzido pelo instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz, fundação ligada ao Ministério da Saúde.

Segundo o ministério, 70% das amputações de membros inferiores no SUS são em diabéticos. A doença atinge 6,7% dos adultos e mata 57 mil pessoas ao ano no país.

Como Cuba sofre barreira de exportação e o único laboratório a produzir o Heberprot-B é o cubano CIGB, a intenção do Brasil não é só distribuir o remédio no SUS, mas servir de trampolim para a venda da droga no mundo.

Segundo Padilha, o acordo prevê que “o Brasil sirva de entreposto comercial para a exportação de produtos cubanos, que terão componentes nacionais”.

Devem ser gerados aproximadamente R$ 50 milhões para Cuba e R$ 100 milhões para o Brasil.

Padilha disse que vai assinar acordos com Cuba para pedir a análise e registro de 17 outros remédios cubanos à Vigilância Sanitária.

Entre eles, onze são considerados inovadores no combate ao câncer: são os anticorpos monoclonais, que atacam só as células cancerosas, poupando as demais. O objetivo é incluí-los no SUS.

A lista inclui também vacinas meningocócicas, diagnóstico de infecções vaginais e produtos para crise hemorroidal aguda ou tratamento de lesões causadas por HPV.

Outro tema na pauta do ministro é a facilitação para validar diplomas de médicos formados em Cuba no Brasil. O modelo é o usado pela Universidade Estadual do Ceará, que ministra um ano de curso para os formados fora, para sincronizar os currículos dos dois países.
 

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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