A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu recomendações aos médicos que receitam e às mulheres que utilizam anticoncepcionais que contêm o hormônio drospirenona. O objetivo é avaliar com mais atenção o aparecimento de eventuais reações adversas, mesmo as que estão previstas na bula do medicamento.
Os profissionais devem conversar com suas pacientes sobre as possíveis reações e os sintomas de tromboembolismo venoso e pulmonar. Se elas forem observadas, o médico deverá registrá-las no sistema Notivisa, disponível no site da Anvisa.
Já as mulheres, afirma a agência, devem seguir atentamente a recomendação de seu médico e, no caso de ter reações adversas, comunicá-lo imediatamente.
Alerta – A Anvisa ainda não concluiu um parecer definitivo sobre o medicamento e decidiu fazer o alerta depois que estudos internacionais indicaram que o uso do hormônio drospirenona aumenta o risco de tromboembolia pulmonar e formação de coágulos sanguíneos.
Duas pesquisas, divulgadas na semana passada pela publicação médica British Medical Journal, relataram que mulheres que usam contraceptivo oral com drospirenona têm de duas a três vezes mais chances de ter trombose venosa em comparação a mulheres que usam anticoncepcionais com outro hormônio, levonorgestrel.
A Anvisa também levou em contra outro estudo, financiado pela a agência responsável por medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) e divulgado na semana passada, que avaliou os riscos do uso de contraceptivos hormonais em cerca de 800 mil mulheres americanas.
Fonte: O Estado de S. Paulo