Das 53 especialidades, angiologia, cirurgia de mão e genética médica são as que apresentam menos profissionais
Estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) mostra que quase um quarto (24,46%) dos especialistas médicos brasileiros é pediatra ou ginecologista. Das 53 especialidades registradas, angiologia (vasos sanguíneos), cirurgia de mão e genética médica são as que apresentam menor porcentual de profissionais titulados. São 282 angiologistas (0,14%), 202 cirurgiões de mão (0,09%) e 156 especialistas em genética médica (0,08%).
Pediatria é a que mais forma profissionais: são 13,31% dos 204.563 médicos titulados em atividade no Brasil. Em terceiro colocado estão os anestesistas, que respondem por 7,25% dos profissionais que fizeram residência.
Números apresentados pelo estudo colocam em xeque a ideia de que médicos jovens se voltam apenas para especialidades mais rentáveis no momento depois do curso de graduação. Os titulados em clínica médica têm a mais baixa média de idade de todo o grupo: 37,5 anos. Especialistas de medicina de família têm média de 39,5 anos e os de cirurgia geral, 42,7 anos.
Entre especialistas titulados em atividade, 59,39% são homens. Um número que se assemelha ao universo de médicos ativos: 59,85% são homens. Mas o número de mulheres jovens que procuram especialidades é crescente. E também elas concentram suas escolhas em áreas básicas. “O desafio é, mais uma vez, atrair esses médicos para trabalhar no sistema público de saúde e nas regiões de difícil provimento de profissionais”, informa o trabalho.
Apresentado ontem, o trabalho mostra que generalistas em atividade representam 44,9% do mercado. O maior porcentual de especialistas encontra-se no Sul. Dos médicos que atuam na região, 37,57% não têm título. Feito pelo pesquisador Mário Scheffer, o trabalho cruzou dados dos conselhos de medicina e das residências médicas.
O trabalho identifica que a regiões que oferecem mais vagas de residência médica também abrigam maior número de especialistas.
Fonte: O Estado de S. Paulo