Setembro amarelo reforça cuidados com a saúde mental

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Setembro é um mês dedicado ao cuidado com a saúde mental e à prevenção do suicídio. A campanha Setembro Amarelo joga luz sobre o tema e tem, entre seus objetivos, ajudar a reduzir mortes evitáveis; quebrar tabus e estigmas; disseminar informações, contribuindo com a prevenção, a promoção e estimulando o autocuidado; e ajudar a mobilizar escolas, empresas e a sociedade em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que aproximadamente um bilhão de pessoas vivem no mundo com algum tipo de distúrbio mental. Cerca de 284 milhões são afetadas por transtornos de ansiedade, 264 milhões por depressão e 46 milhões por bipolaridade. Infelizmente, estima-se que apenas 1 em cada 5 pacientes recebam tratamento adequado, em virtude de problemas relacionados ao estigma, custo e falta de acesso, especialmente em países de baixa e média renda.

Com relação ao suicídio, ainda segundo a OMS, mais de 700 mil pessoas são vítimas da morte autoprovocada todos os anos, sendo a maioria associada a casos de depressão. O suicídio é a quarta causa de óbito entre pessoas de 15 a 29 anos no mundo.

Brasil

Levantamento realizado pelo Núcleo de Inteligência e Conteúdo (NIC) do SindHosp mostra que, em 2023, 17 mil brasileiros morreram por causas autoprovocadas, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). No período de 2014 a 2023, 134.810 pessoas perderam a vida para o suicídio, sendo 78,5% (105.760) do sexo masculino e 21,5% (29.025), do feminino. Cerca de 67% das mortes ocorreram em pessoas com menos de 50 anos. Na última década, esses óbitos cresceram 59,6% no país, em todas as faixas etárias.

O presidente da FESAÚDE e do SindHosp, Francisco Balestrin, destaca a importância da criação de uma rede de apoio e cuidados. “O suicídio emite alguns sinais de alerta. A OMS calcula que para cada óbito ocorram, em média, 20 tentativas. Familiares, amigos e pessoas próximas podem ficar atentos a alguns sintomas, como demonstrações de desesperança, ideias suicidas, isolamento, perda de emprego, divórcios, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, entre outras”, ressalta Balestrin. O dirigente lembra que para auxiliar nessas situações é possível buscar ajuda junto ao Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível 24 horas no telefone 188, com ligação gratuita; e no SUS, junto às Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e unidades de pronto atendimento dos hospitais, tanto públicos quanto privados.

A prevenção de doenças mentais é uma prioridade de saúde pública global e consta, inclusive, como agenda prioritária no Guia de Ações Municípios Saudáveis – Transformando comunidades, cuidando de pessoas, publicação que a FESAÚDE entregou aos candidatos a prefeito das principais cidades do interior paulista durante a última eleição municipal, e que está disponível para download clicando aqui. 

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirma que cerca de 50% das pessoas experimentarão algum tipo de transtorno mental leve ou moderado ao longo da vida, e 5% apresentarão transtornos graves. Além de campanhas, a prevenção de doenças mentais deve incluir ambientes familiares e comunitários saudáveis, a criação de políticas públicas que suportem a saúde mental nos locais de trabalho, nas escolas e programas de intervenção precoce, especialmente para crianças e adolescentes. “Diálogo e respeito às emoções são os pilares que ajudam na prevenção e estimulam o cuidado contínuo. Que todas as empresas de saúde saibam aproveitar este mês para cuidar daqueles que cuidam das pessoas. Quando o peso da dor é compartilhado, ela passa a ser suportável. Para a saúde mental, o silêncio nunca deve ser opção”, finaliza Francisco Balestrin.

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