CATS recebe juíza do trabalho para discutir mediação pré-processual e justiça multiportas

Compartilhar artigo

A Câmara de Assuntos Trabalhistas e Sindicais de FESAÚDE-SP recebeu a juíza do trabalho Soraya Galassi Lambert, mediadora do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2). Com mais de 27 anos de magistratura e especialidade em Economia do Trabalho e Direito Sindical e Direito Individual do Trabalho, Direito Coletivo do Trabalho e Processo do Trabalho, a convidada especial da CATS falou sobre o tema “Mediação Pré-Processual – Negociações Coletivas e Dissídios Coletivos”. Participaram da reunião representantes de alguns dos principais estabelecimento de saúde de São Paulo.

Durante o biênio 2022-2024, como juíza auxiliar da vice-presidência Judicial do TRT-2, que atua na cidade de São Paulo e nas regiões de Guarulhos, Osasco, ABC paulista e Baixada Santista, Soraya Lambert participou de centenas de mediações e audiências de conciliação em dissídios coletivos. Segundo ela, o papel da justiça em casos de mediação é aproximar as partes. “A mediação é importante no sentido de evitar o ajuizamento de ação”, destacou Lambert.

“A mediação é importante no sentido de evitar o ajuizamento de ação”

Justiça multiportas

Para a juíza do trabalho, as Reclamações Pré-Processuais (RPP) para categorias profissionais e econômicas integra um sistema de justiça multiportas, que propõe métodos alternativos para resolução de conflitos, além da tutela jurisdicional. “Incentivamos as partes a construir, juntas, a solução para as controvérsias. É um caminhar no tempo. Somos neutros, o que permite às partes negociar de modo mais tranquilo e desarmado”, informou a magistrada.

Soraya Galassi Lambert explicou que, como mediadora, não julga. “Sou uma facilitadora, que ajuda as partes a negociar sem jamais impor a solução ou decidir”, revelou a juíza. “Se não há acordo, a mediação é arquivada, não tem julgamento, ao contrário do dissídio coletivo, que vai a julgamento quando não há acordo”.  

Notas técnicas

Durante a reunião, Francisco Balestrin, que acumula as funções de presidente da FESAÚDE-SP e do SindHosp e vice-presidente da CNSaúde, destacou o papel técnico das entidades. “Temos de esclarecer os aspectos técnicos de modo que tanto a sociedade como o poder legislativo entendam as implicações das decisões ligadas às questões trabalhistas para a área da saúde”, enfatizou Balestrin.

A advogada trabalhista Daniela de Andrade Bernardo, coordenadora da CATS, encerrou a reunião chamando a atenção para a importância do trabalho de discussão entre os representados da FESAÚDE-SP. “Precisamos refletir sobre a importância de um diálogo social capaz de trazer normas coletivas mais harmônicas e aderentes aos nossos anseios”, destacou Bernardo. “E a mediação pré-processual pode nos ajudar”.

Artigos Relacionados...

Últimas Notícias

O silêncio dos partidos sobre a saúde

Propostas contidas nos programas de governo, em sua maioria, são genéricas e, com frequência, inexequíveis As mazelas do sistema de saúde costumam figurar entre as

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

plugins premium WordPress
Rolar para cima